A presidente do Sindicato do Magistério (SIMPI), Carminha Oliveira, se manifestou sobre a anúncio da prefeitura que garantiu um reajuste salarial linear no importe de 12,84% aos professores de níveis II e III, conforme determinação do Plano de Carreira da Categoria. Para Carminha, o reajuste representa apenas um dos pontos da pauta de reivindicações da categoria, que terá sua Campanha Salarial lançada no próximo dia 06 de março.
Segundo a presidente do SIMPI, a pauta de lutas não se limita a questões salariais, uma vez que nela são discutidas questões pedagógicas, além de aspectos relacionados às condições de trabalho do professor. “Precisamos discutir com o governo a situação dos sábados letivos para ajuste do calendário escolar. Caso a categoria tenha interesse em trabalhar aos sábados, é preciso que se discuta em nova assembleia a situação de pagamento de hora extra ou não do professor”, explicou Carminha.
Outro ponto que será discutido pelo sindicato é referente à aplicação da reserva técnica para os professores da educação infantil e das séries iniciais. “A lei do Piso prevê que o professor em efetiva docência faz jus à implementação de um terço de sua jornada de trabalho para planejamento, avaliação e estudo, mas infelizmente este direito não tem sido assegurado a todos os professores”, pontua a líder sindical. O SIMPI também pretende defender o direito dos professores que perderam o direito ao Adicional de Classe em 2017 e que ainda não tiveram a gratificação restituída.
Para o SIMPI, o pagamento linear do piso não deve ser visto como um feito especial, pois este é um direito assegurado no Plano de Carreira da categoria e na Lei do Piso, além de uma obrigação dos Governantes. “Como podemos observar, ainda existem diversos pontos que precisam ser discutidos e assegurados aos professores nesta Campanha Salarial. O certo é que o prefeito apenas cumpriu sua obrigação no que exige à lei, porque o maior mérito deve ser dado à força de luta da nossa categoria, que está preparada inclusive para defender o seu direito ao precatório do FUNDEF, assim que chegar nos cofres da Prefeitura de Itabuna. Portanto, não vamos limitar nossa campanha à concessão do reajuste. O professor não luta apenas por dinheiro, mas por dignidade e valorização da educação”, defendeu a sindicalista.