Não são nada animadores os sinais emitidos pelo Centro Administrativo Firmino Alves em relação à cessão do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães ao Governo do Estado.
A prefeitura de Itabuna se apega com unhas e dentes à verba que é encaminhada pelo próprio Estado e não cogita transferir a gestão, mesmo sabendo que dessa forma ajudaria a salvar inúmeras vidas a cada ano, haja vista a calamidade que se abateu sobre o Hblem e suas consquências para a saúde pública da região.
Mas essa situação pode mudar. Ontem, centenas de pessoas caminharam pela avenida do Cinquentenário e participaram de um ato na praça Adami pedindo a estadualização do hospital, que tem índices altíssimos de mortalidade e trata seus funcionários a pão e água – ops!, até água faltou esses dias e o pão também anda escasso por lá.
O objetivo do movimento, patrocinado pelo movimento sindical em Itabuna, é pressionar o governo municipal e estimular a sociedade a cobrar uma providência para o Hblem. Em outra frente, o Ministério Público Estadual pode ser acionado para requerer, via Justiça, a transferência de gestão do hospital para o Estado, através da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).
Como definiu o sindicalista Raimundo Santana, falta “humanidade” em quem luta contra a estadualização, quando se observa quantas vidas poderiam ser salvas apenas com uma gestão melhor. “Essa atividade ocorre em um momento em que está sendo discutido, no Conselho Municipal de Saúde, a falência do sistema de saúde pública no município de Itabuna”.
Várias auditorias do Ministério da Saúde e da própria Sesab afirmam haver diversas irregularidades no sistema, inclusive a precariedade extrema no funcionamento da Atenção Básica itabunense.