A propósito da nota abaixo (O esperneio da Folha), vale a pena lembrar o que escreveu nosso colunista Adylson Machado, com base em dados da própria Secom, a respeito do esperneio em questão.
O texto foi extraído da coluna DE RODAPÉS E DE ACHADOS, publicada aqui em 28 de novembro (veja também, no vídeo abaixo, o comentário do presidente Lula, hoje, sobre o assunto):
“Onde o calo dói”
“Razões para a revolta da velha mídia”, publicada em http://www.advivo.com.br/luisnassif/ a partir de artigo de Venício A. de Lima no Observatório da Imprensa, quarta 24, possibilita compreender-se o porquê da virulência com que o governo Lula é tratado pelo PiG (Partido da imprensa Golpista, de que fala Paulo Henrique Amorim).
A participação dos municípios e veículos de comunicação neles instalados avançou consideravelmente: de 182 cobertos em 2003 para 2.189 em 2009. Na esteira da reorientação, o número de meios de comunicação alcançados pelas verbas oficiais saiu de 499 para 7.047.
Os dados abaixo detalham “onde o calo dói”. Ou seja, a indignação decorre, em princípio, da perda, ou do deixar de ganhar mais, do Governo Federal. Se não, a perda da hegemonia.
Observando-se o segundo gráfico verifica-se que recursos para a TV mantêm-se praticamente estáveis a partir de 2004 (há reduzido número de emissoras locais), ao passo que rádios e jornais lideram o salto participativo. As revistas pouco representam, mais pela escassez de oferta.
Outro avanço considerável, de zero a 1800, aproximadamente, está naquele “outros”. Ou seja, o que é veiculado pela internet preponderantemente. Considerando rádios, jornais, revistas e internet temos uma concreta e efetiva participação – em crescimento – da imprensa municipal na partilha dos recursos no Governo Lula.
Inegável o estímulo que esta política traz a novas mídias e profissionais, repercute em competição no mercado dessas comunicações; uma valiosa contribuição para a diversificação de vozes na democracia brasileira, um país territorialmente extenso e antes privativo das Globos.