O Palácio do Planalto vai trabalhar para preservar o ministro Fernando Bezerra (Integração), como forma de não ampliar o saldo de ministros que deixaram o governo Dilma Rousseff.
A orientação para blindá-lo tem dois pressupostos. A tentativa de resistir ao que é considerado pelo governo como campanha para derrubá-lo às vésperas da reforma ministerial e o temor do desgaste com o PSB, partido do ministro.
A oposição já pediu explicações sobre o privilégio que o ministro deu ao seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), na liberação do maior volume de emendas parlamentares da pasta em 2011.
Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no orçamento para pagamento) pelo ministério (R$ 9,1 milhões), superando 219 colegas que também solicitaram recursos para obras da Integração.
O presidente do Dem, senador José Agripino Maia, (RN), disse que “isso não é normal. Ocorreu um privilégio e isso tem de ser explicado. Como o Congresso vai reagir? Os partidos todos vão querer saber por que houve esse privilégio”.
Em nota, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), também pediu esclarecimentos ao ministro da Integração e avisou que pretende protocolar um requerimento de informação.
O presidente do Dem e o líder tucano ainda responsabilizaram Dilma Rousseff pela crise envolvendo a liberação de recursos na pasta.