Por Luciano Veiga

A Região Sul da Bahia caminha para um novo momento de quebra de paradigma, com novos desafios e em especial a busca por um equilíbrio de novas forças de transformação e inovação.

Como diria o saudoso Professor Selem Rachid, é preciso romper com o CAVALETE CULTURAL – individualismo, conformismo, imediatismo e utilitarismo. Estes quatro pés, que travava o desenvolvimento sustentável regional, nas suas mais variadas vertentes: Política, Social, Econômica e Ambiental, abre espaço para novas bases de sustentação, através da quebra deste estigma cultural via uma força de continuada transformação, ocorrida nos últimos anos, através da oxigenação dos agentes políticos e privados, consequentemente, das suas instituições pública e privada.

A quebra dos elementos trazidos pelo Professor Selem que sustentaram por décadas o Cavalete Cultural, abre espaço para os novos elementos de um CAVALETE DE TRANSFORMAÇÃO E INOVAÇÃO, onde o individualismo – abre espaço para o associativismo/consórcio; o conformismo – para a transformação/inovação; o imediatismo – para o Planejamento Estratégico/visão de médio e longo prazo e o utilitarismo/ egocentrismo/uno – para compartilhamento/todo.

O rompimento vem se dando de forma consistente e sustentável. Os novos elementos são postos a prova a todo momento, passando inclusive pelo momento da crise sanitária que vivemos, onde a busca constante da integração das instituições públicas e privadas, nas tratativas de soluções consensuais inerentes às ações de enfrentamento ao Covid-19, mesmo com ações mais restritivas que afetaram e continuam afetando alguns setores da economia, a necessidade de vacinação mais célere e ampliada, estruturação das unidades hospitalares e rede de saúde. Enfim, o conjunto de ações voltadas à proteção e prevenção frente à pandemia é consenso na maioria dos líderes e da nossa população.

No tocante aos novos desafios, como Resíduos Sólidos, Saneamento Básico, Logística, Educação, Saúde, Segurança Pública e Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, não tem como não pensar e agir fora das caixinhas. Ou seja, só vamos avançar de forma a garantir a consolidação do enfrentamento em busca de soluções, que resultem na transformação negativa dos atuais indicadores, por novos e positivos indicadores sociais e econômicos, através da união de todos. A frase #juntossomosmaisfortes, utilizadas pelos novos líderes regionais das mais variadas esferas representativas, estão ganhando forma e dando uma nova modelagem ao pensar e agir regional.

Além dos grandes desafios apontados nas áreas mencionadas, teremos um novo e importante cavalete que ganhará em breve forma: CAVALETE MODAL – Porto, Aeroporto, Ferrovia e Rodovia. No Sul da Bahia, os quatro elementos modais com destaque as áreas: logística, turística, serviços, industrial, dentre outros braços da economia moderna. Este cavalete necessitará de um forte equilíbrio entre os seus pés, destacando a sua sustentabilidade, em especial, pelas forças de transformação e inovação.

Esperamos que o novo CAVALETE DE TRANSFORMAÇÃO E INOVAÇÃO tenha força e leveza suficiente nos seus pés para sustentar tamanho desafio, evitando que tenhamos uma recaída aos elementos que sustentou durante décadas o CAVALETE CULTURAL.

O otimismo está na concepção do NOVO NORMAL. É preciso agir coletivamente para o equilíbrio dos novos cavaletes. Assim, sustentavelmente, podemos viver-vivendo, em um lugar melhor, com os nossos patrimônios preservadas: meio ambiente, cultura, inovação e resiliência do nosso povo, sejam os elementos de composição de sustentação dos novos CAVALETES DE TRANSFORMAÇÃO/INOVAÇÃO e o MODAL.

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Luciano Robson Rodrigues Veiga é Advogado, Administrador, Especialista em Planejamento de Cidades.