Anderson Souza Andrade, 19 anos, morador do Bairro Pedro Jerônimo, cursou o Ensino Médio no Colégio Estadual Félix Mendonça. Em 2019, ele entrou no Programa Menor Aprendiz da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), trabalhando no Departamento de Contabilidade, Anderson criou intimidade com os números e, no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foi aprovado no curso de Economia, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). No próximo mês, suas aulas já terão início.
“O trabalho no setor contábil da Emasa contribuiu para a escolha da minha carreira profissional. O Programa de Menor Aprendiz nos coloca em um ambiente de trabalho e traz a experiência, que ajuda muito no momento de decidir por qual profissão seguir”, diz Anderson Andrade.
Cursando o 1º ano do Ensino Médio no Complexo Integrado de Educação de Itabuna, Louise Gabrielly, é também menor aprendiz na Emasa, onde atua como Auxiliar Administrativa. Ela pretende cursar Direito. “Esse é um grande incentivo para os jovens e, é para mim meu primeiro emprego. O ambiente de trabalho é o muito bacana e a relação com os colegas é sem igual”.
Segundo o presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filho, a empresa tem um papel social na comunidade e os Programas Menor Aprendiz e de Estágio abrem as portas do mercado de trabalho para os jovens da cidade. “O Menor Aprendiz em sua maioria acolhe o estudante oriundo do ensino público. Enquanto os nossos estagiários são provenientes de instituições de ensino superior. É muito gratificante para a Emasa contribuir na formação desses jovens”, comenta.
Estudante do 8º semestre do curso de Direito de uma faculdade privada de Itabuna, Lincoln Ribeiro Cruz, é estagiário do Departamento Jurídico da Emasa. Ele reconhece a contribuição prática que o estágio proporciona. “O dia a dia do estágio ajuda bastante na parte prática e a convivência com o corpo de advogados da empresa, nos traz o ensinamento para exercer a advocacia. É uma via de mão dupla onde um, complementa os outros”, atesta o futuro bacharel em Direito.
Tanto os estagiários, quanto os aprendizes contam com uma legislação específica. Porém, os estagiários não possuem vínculo empregatício com a empresa. O estágio não é uma função profissionalizante, mas uma atividade complementar à formação do aluno.
“O menor aprendiz tem uma carga de quatro horas de trabalho e recebe uma ajuda de custo de 50% do salário-mínimo. Já o estagiário, tem um contrato de 24 meses ou até fim do curso e por isso recebe uma ajuda de custo equivalente a 90% do salário-mínimo. Tanto o menor aprendiz quanto o estagiário também recebem auxilio transporte”, explica o chefe de Recursos Humanos da Emasa, Edilson Matos.
Hoje, a Emasa conta com a colaboração de 14 menores aprendizes e 23 estagiários, que são recrutados através do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Para o gerente Administrativo, José Erivânio Sobreira (Babá Cearense), a parceria com o CIEE é importante, tanto para o Programa Menor Aprendiz como para o Programa de Estágio. “O CIEE encaminha o futuro contratando dentro do perfil que a Emasa deseja, esse candidato passa por avaliação do setor que fez a solicitação para ser aprovado. Na maioria dos casos, aqui eles têm o primeiro emprego e ganham régua e o compasso, como diz a canção, para trilhar a carreira profissional”, constata.