Em coletiva realizada nesta segunda-feira (16), ao lado do senador Jaques Wagner, e do vice-governador João Leão, o governador Rui Costa (PT) reforçou que alguns leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao combate a Covid-19, em hospitais da Bahia, serão revertidos para o tratamento de pacientes de outras doenças.
“Nós já começamos a fazer o processo de transferência dessas UTIs para os tratamentos originais. Com a queda na taxa de ocupação de leitos nós começamos a devolver para outros procedimentos cirúrgicos. Nós não fecharemos nenhum leito, com exceção da Fonte Nova, que não é hospital. Outros leitos não serão fechados, mas devolvidos às suas funções. As outras doenças também matam”, disse o governador.
“Saiu uma matéria que fechamos 10 leitos em Senhor do Bonfim. Nós não fechamos, só fizemos devolver esses 10 leitos para o tratamento de outras doenças”, acrescentou.
A taxa de ocupação em leitos de UTI destinados ao público adulto é de 40% na Bahia, nesta segunda-feira (16). Dos 1.206 disponibilizados pelo estado, 506 estão em uso no momento. Já na UTI pediátrica, a taxa é de 63%. Apenas 22 leitos estão ocupados dos 35 ofertados.
O governador também comentou sobre a maior dificuldade no período do enfrentamento a Covid-19. Segundo o petista, a falta de sensibilidade do Governo Federal foi um fator determinante para atrapalhar o trabalho dos estados durante a pandemia.
“A maior dificuldade foi a falta de sensibilidade do Governo Federal em proteger a vida. Eles tinham uma expectativa lá atrás na imunidade de rebanho, que muitos diziam que depois que 30% ou 40 % da população tivesse o vírus, conseguiríamos uma imunização coletiva. Hoje quem falar dela [imunização de rebanho] é desmoralizado, tanto que algumas pessoas foram reinfectadas três vezes. Tem gente que teve sintoma leve na primeira contaminação e na segunda foi parar na UTI. O governo federal acreditava nessa tese e queriam que o vírus proliferasse o mais rápido possível”, finalizou Rui. (Do Bahia.Ba)