Os deputados petistas J. Carlos (estadual) e Geraldo Simões (federal) se reuniram nesse domingo com cerca de 400 militantes em Itabuna, com o objetivo de "animar a turma para ampliar a votação de J. Carlos na cidade", nas palavras de Simões. O evento foi na Casa 105, no bairro Góes Calmon.
Geraldo disse que em 2006 recebeu do parceiro estadual 15 mil votos em Salvador, e deu 5 mil a ele, J. carlos, em Itabuna. "E agora ele diz que ainda vai aumentar essa votação por lá. Então, para que eu não fique ‘descabriado’ quando chegar na cidade dele, precisamos aumentar a sua votação aqui. Pelo menos dobrar", afirmou o parlamentar, com aquele ar de quem está brincando, mas que deseja muito que o pedido seja atendido.
As projeções partiram da premissa que a eleição para os petistas, a cada pleito, fica mais difícil. "As contas que se fazem é que precisamos de 100 mil votos para nos elegermos. Então, o trabalho tem que ser intensificado".
No discurso, Geraldo anda aproveitou para um pequeno exercício de ‘tiro ao alvo’: "Tem candidato que carrega uma fama de bom moço, mas fica implorando pelo apoio de um ex-prefeito. Não é bom moço, porque fica puxando o saco de quem até outro dia era inimigo para conseguir o apoio de qualquer jeito".
"Há também um coronel, que agora vem pedindo voto aos pobres. Mas quando era comandante da polícia perseguia a população, era mandado pelo ex-prefeito. Até prendeu Eduardo Barcellos, a mando do ex-prefeito. Aliás, não sei pra que tanto militar pedindo voto. Militar que nós queremos é o Capitão Fábio, que é de bem".
Já o deputado J. Carlos defendeu que a militância vá pra rua, como fez em 2006, ano em que Geraldo enfrentava grandes dificuldades devido à questão da vassoura de bruxa. "E foi o que fizemos naquele ano. Percebemos a dificuldade e partimos pra cima. Eu fazia de tudo para conquistar um voto pra Geraldo".
Ele contou que um eleitor seu, que morava numa região de litoral, estava convencido da história da vassoura de bruxa. "Quando eu vi que não tinha jeito, porque a armação foi forte, eu apelei: disse a ele que vassoura de bruxa não dava em frutos do mar".
Ou seja: brincando, brincando, na verdade a reunião mais parecia uma preleção de treinador de futebol antes do time entrar em campo. Pura psicologia. Mostrou mesmo que os homens vão querer buscar os tais 100 mil votos na unha.