Inserida no contexto nacional de luta contra um dos crimes que ainda envergonha a população brasileira e mundial, devido à alta incidência de casos registrados, a Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Itabuna iniciou na última segunda-feira (16) a Semana de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes, que será encerrada nesta sexta-feira (20), com exposição de trabalhos acadêmicos, ciclo de palestras e debates sobre o tema.
O evento tem a finalidade de informar a comunidade acadêmica sobre abuso sexual de crianças e adolescentes, enfatizando os direitos, os meios de denúncia, as formas de prevenção, diagnóstico e acompanhamento das vítimas de violência sexual, e que tipos de consequências podem ocorrer. O projeto envolve os colegiados de Fisioterapia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia, Farmácia, Biomedicina, Direito e Sistema de Informação, utilizando diversas estratégias para a divulgação das informações, como dramatização, exposição de cartazes, atividades interativas, distribuição de panfletos entre outros.
Durante a abertura da programação, o diretor geral da FTC Itabuna, Januário Lima, ressaltou que a iniciativa tem uma relevância social muito importante, tendo em vista que o assunto “Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” é recorrente e exige uma mudança de postura da sociedade como um todo. “Pois, a partir do momento que nos omitimos, silenciando ou ignorando os fatos que acontecem todos os dias, estamos corroborando, mesmo que inconscientemente, para que aqueles que praticam violência tão nociva continuem impunes”.
“Além do mais, trazer esta temática para ser fonte de pesquisa e debates na academia é bastante salutar, levando em consideração que muitos dos profissionais que aqui estão sendo formados irão atuar diretamente com situações que envolverão denuncias e casos de crianças e adolescentes vitimas do abuso e exploração sexual, a exemplo dos futuros psicólogos, operadores do direito, biomédicos e enfermeiros”, contextualizou Januário Lima.
Para a coordenadora do evento, professora Amanda Maia, discutir a relação entre violência sexual e saúde pública ultrapassa o domínio exclusivo de uma área do conhecimento. “Deste modo, podemos interagir com várias áreas, pois entendemos o papel que cada uma apresenta em relação à rede de enfrentamento ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil e, assim, despertar o interesse dos futuros profissionais para a prevenção, diagnóstico e acompanhamento das vítimas de abuso sexual garantindo integridade física e emocional da criança e adolescente”, argumentou.