Após ter a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcos Adriano Silva Ledo, substituto da 2ª Vara Crime da Comarca de Itabuna, o diretor de Planejamento e Expansão da Emasa, José Antônio dos Santos foi transferido para o Conjunto Penal de Itabuna.
Depois de ser ouvido no Plantão da Polícia Civil, o diretor aguardou a chegada de um médico legista para fazer o exame de corpo delito, antes de seguir para cumprir a prisão preventiva – que não tem prazo determinado para extinção. Esse tipo prisão é utilizado para que os acusados não fujam ou prejudiquem a investigação, com destruição de provas ou coação de testemunhas, por exemplo.
José Antônio é réu no processo 0502746-56.20168.050113, que corre em segredo de justiça na 2ª Vara Crime. Informações não oficiais dão conta que, entre outros crimes, são investigadas denúncias de venda ilegal de água potável, por conta da crise hídrica que a cidade atravessa.
Mas também existem indícios de utilização ilegal de maquinários e pessoal da Emasa ou a serviço da empresa para fins particulares. Além de José Antônio dos Santos, diretor de Planejamento, também foi preso e encaminhado para o presídio o chefe do setor de combate a Vazamentos, Pedro Barreto.
Investigação ampla
Em alguns procedimentos determinados no Mandado de Busca e Apreensão cumprido na Emasa, a investigação cobre especialmente o período mais agudo da crise hídrica (dezembro de 2015 e março de 2016). Esses dizem respeito, especialmente, aos contratos com carros-pipa e maquinários. Já os que (supostamente) investigam a evolução patrimonial dos diretores, abrangem o período de todo governo Vane: janeiro de 2013 a junho de 2016. Para isso, o mandado ordena a apreensão dos contracheques de todos os diretores durante o peíodo indicado.