Os constantes episódios de agressão à mulher – muitos deles terminando em feminicídio – foram repudiados pela vereadora Wilma de Oliveira (PCdoB), em discurso no plenário da Câmara de Itabuna. Ela citou o caso recente da mulher trans que teve o corpo incendiado nos fundos do Hospital de Base.
O agressor é um homem com quem ela se relacionou por mais de 20 anos. “Não podemos deixar passar despercebido que foi um mês de muita violência contra a mulher. É um ciclo de violência que impera na sociedade e a gente clama para fazer esse enfrentamento. É da conta de todos os vereadores!”, argumentou.
Para ela, precisamos de políticas públicas efetivas nos espaços de poder, mas também nas escolas. “Precisamos mudar mentalidades! E mentalidade não se muda do dia pra a noite, nem sozinho. Precisamos do enfrentamento ao machismo, que coloca a mulher na condição de inferioridade, como sendo propriedade do parceiro ou de quem quer que seja”, acrescentou.
Ela citou levantamento da USP, que aponta altos índices de violência contra o público feminino e conclamou o posicionamento de todos contra esse cenário ainda persistente. “É um discurso de indignação, mas também de solidariedade. Onde vamos parar? É difícil ser mulher neste país, nessa Bahia e nessa cidade. São os dados oficiais que dizem isso”, reforçou.