O Conselho Municipal de Educação (CME) de Itabuna iniciou nesta semana o mapeamento das escolas da educação infantil que funcionam clandestinamente na periferia da cidade. A iniciativa conta com a parceria da Prefeitura, por meio da Coordenação dos Agentes Comunitários de Saúde, que ficou responsável pelo levantamento. O resultado da pesquisa deve ser divulgado no início do próximo mês.
A presidente do CME, Hustana Fernanda Matos, explicou que existem muitas dessas unidades escolares que acolhem centenas de crianças, mas não obedecem à orientação pedagógica e muito menos ao Regulamento Escolar. “É esse documento que estrutura, define e normatiza as ações do ensino infantil que só pode ser construído com a participação da comunidade escolar”, afirmou.
Hustana informou também que o currículo escolar é base da prática pedagógica que envolve conteúdos a serem estudados, com atividades realizadas e competências a serem desenvolvidas, com o objetivo da formação plena dos alunos da educação infantil. “O currículo deve ser bem planejado, pois permitirá um ensino de qualidade, já a partir dos primeiros anos de vida da criança”, disse a presidente do CME.
Já a coordenadora da Educação Infantil da Secretaria Municipal da Educação, Silvana Carvalho Almeida, destacou a importância do levantamento das escolas clandestinas em Itabuna e adiantou que a proposta não é o fechamento, mas a inclusão das unidades no Plano Municipal de Educação – PME.
“A Educação infantil envolve cuidados que vão desde a saúde e a segurança, mas também de atividades próprias para o estímulo e desenvolvimento intelectual da criança”, justificou.
Silvana Almeida explicou ainda que as escolas oficializadas garantem, além da busca de verbas federais por meio de políticas públicas educacionais e sociais, também a possibilidade da reestruturação e ainda a inclusão de um maior número de alunos matriculados na rede municipal.
Segundo a coordenadora, o município conta, atualmente, com 58 escolas da educação infantil regulamentadas, sendo 38 na zona urbana e 20 no campo, que englobam cerca de quatro mil alunos. “Esse número pode ser triplicado se contabilizarmos com o número de alunos matriculados nas unidades clandestinas”, finalizou Silvana Almeida.