Por Arnold Coelho
Um amigo meu ‘das antigas’ esteve em Ibicaraí na última semana e nos encontramos no plenário da Câmara de Vereadores. Na oportunidade colocamos o papo em dia e ele brincou com os meus cabelos grisalhos. Ele deve ter uns 15 anos a mais que eu. Quando começamos a trabalhar juntos ele já era um jornalista respeitado e eu estava iniciando como diagramador em um jornal de Itabuna.
Entre muitos assuntos pautados na nossa conversa, ele me mostrou um artigo de um veículo conceituado que falava basicamente do futuro com a Inteligência Artificial (IA) e da iminente morte de mais uma profissão, no caso específico, o jornalista. O artigo falava claramente que muita gente já está usando desse artifício para produzir pequenos textos informativos e que o ‘futuro’ será de notícias feitas por IA.
Eu particularmente acho que a ‘Inteligência Artificial’ será sempre ‘artificial’, pois esse novo recurso surgido no século 21 com a chegada desse mar tecnológico através de grandes empresas que vêm investindo na robótica para substituir a mão de obra humana, vai ocupar, sim, um grande espaço no nosso dia a dia, mas irá faltar sempre nas máquinas e na ‘IA’ alma, alegria, tristeza, perda, dor, frustração, emoção, fé em Deus e tantos outros sentimentos que só o ser humano tem.
Não imagino ler um texto feito pela IA onde ela vai citar com emoção o prazer de beijar ou abraçar a pessoa amada ou narrar o sabor amargo de um café forte (com pouco açúcar) ou o azedo cítrico do limão, ou o delicioso ardor do gengibre, ou até mesmo o ar puro e o calor do sol quente no seu rosto; uma noite de descanso depois de um cansativo dia de trabalho; banho de rio ou mar; correr, suar, nadar, comer algo delicioso ou se divertir. Poderia passar dias aqui citando sentimentos e emoções que só saem do peito de quem tem coração, alma e sangue nas veias.
Por isso vou fechar esse texto da mesma forma que abri: a Inteligência Artificial (IA) será sempre ‘artificial’.