Na eleição interna para escolha da direção do PT de Itabuna, ocorrida em setembro deste ano, o ex-prefeito Geraldo Simões se uniu ao deputado federal licenciado e secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Josias Gomes, e ao então presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, com os quais manteve uma crise por mais de uma década, e juntos venceram a disputa de virada, elegendo Jackson Moreira presidente do diretório. A professora Miralva Moitinho ficou em segundo lugar, com 11 votos a menos. Depois da eleição, começou o debate sobre a escolha do candidato a prefeito. Josias e Everaldo já defendem o nome de Geraldo. Do outro lado, Rosemberg e Miralva apoiam a pré-candidatura do vereador Júnior Brandão.
Mas, a escolha do nome do partido para disputar a eleição em outubro que vem não é a única questão enfrentada pelo PT de Itabuna. Antes disso, é preciso saber qual será a postura do governador Rui Costa no caso de o atual prefeito Fernando Gomes, arqui-adversário de Geraldo e da maioria dos petistas grapiúnas, ser candidato à reeleição. Há queixa de que a relação de Rui com Fernando é muito próxima, a ponto de deixar em dúvida se o governador defenderá a campanha de um eventual candidato do PT no município.
A situação de Itabuna foi um dos assuntos da entrevista exclusiva que o senador e ex-governador do estado por duas vezes, Jaques Wagner, próximo a Geraldo Simões, concedeu ao BLOG no sábado (14), durante sua passagem por Vitória da Conquista, onde esteve para participar de ato político promovido pelos deputados Waldenor Pereira e José Raimundo Fontes. Segundo Wagner, o PT de Itabuna deve ter um candidato a prefeito que defenda os ex-presidentes Lula e Dilma e o que foi construído pelo partido durante os 14 anos em que esteve no governo do País. E Wagner acha que essa pessoa pode ser Geraldo.
“Acho que em Itabuna o PT tem todo direito de ter uma candidatura”, disse o senador, indicando que o posicionamento do governador vai aguardar a decisão de Fernando Gomes se será ou não candidato. Mas, Wagner afirma que em Itabuna e nas maiores cidades do estado, o ideal é ter candidatos que defendam o patrimônio do PT, que defendam Lula, Dilma e o que foi realizado pelo partido nos diversos governos. Para o senador, houve um bombardeio muito forte, tentativas de demonizar e acabar com o PT e que Geraldo é alguém que faz a defesa do partido. “Geraldo sempre será um nome lembrado para defender o patrimônio ativo do PT”. Leia mais