Isabel Cristina de Souza, de 32 anos, moradora do bairro Zizo, olha para os lados e só vê problemas. O marido, desempregado, não consegue pagar as contas, que se acumulam. Ela, mãe de três filhos menores, em estado grave de obesidade mórbida, sequer consegue andar. E todos moram num barraco, numa encosta, que já ameaça cair.
Dona Isabel e família sobrevivem da ajuda de vizinhos e do Bolsa Família. Atendimento médico só quando algum profissional de saúde da rede pública aparece em seu barraco, o que pode demorar dias ou semanas. Devido ao estado de obesidade, ela sofre com hipertensão e cansaço agudo.
Ela está inscrita na fila da cirurgia bariátrica da ONG Casa do Obeso, pelo SUS, mas precisa de acompanhamento médico preliminar, o que ainda não tem. Dona Isabel pede ajuda das autoridades, para que consiga fazer o acompanhamento pré-operatório. "Normalmente eles só vêm aqui em época de eleição", diz.
Que seja agora, então.