Reeducandos do Conjunto Penal de Itabuna participaram, entre os dias 7 e 11 de abril, de uma oficina especial de produção de ovos de Páscoa. A atividade integrou o projeto “Confecção de Ovos de Páscoa”, desenvolvido em parceria com a Socializa Brasil e apoio técnico da Hela Alimentação e Facilities, e teve parte da produção destinada ao programa Bahia Sem Fome, do Governo do Estado. O resultado foi a doação dos chocolates produzidos a entidades assistenciais e aos familiares dos internos, unindo qualificação profissional e solidariedade.
A primeira doação foi realizada na manhã dessa Quinta-Feira Maior, e foi destinada ao Projeto Madalena, no bairro Nova Itabuna. O projeto é mantido pelo Padre Toni, da paróquia local. Já os familiares dos internos serão contemplados a partir dessa Sexta-Feira Santa, em uma operação que se estenderá até o Domingo de Páscoa, contando com apoio do Serviço Social da Socializa na unidade prisional.
Produção
A oficina contou com a participação de 10 internos — homens e mulheres — que receberam capacitação em confeitaria, com aulas teóricas e práticas ministradas pela confeiteira Akali Sampaio. O conteúdo do curso incluiu noções básicas de confeitaria, técnicas de manipulação do chocolate, boas práticas de higiene, organização de linha de produção e fundamentos de empreendedorismo.
Com carga horária total de 40 horas, o curso foi dividido em 8 horas de teoria e 32 horas de prática, com turmas organizadas conforme cronograma interno da unidade. A iniciativa destacou o potencial transformador da educação e do trabalho no sistema prisional, promovendo não apenas o aprendizado de uma nova profissão, mas também o fortalecimento da cidadania, da autoestima e da responsabilidade social dos participantes.
A ação integra o conjunto de políticas de ressocialização adotadas pela direção do Conjunto Penal de Itabuna, reafirmando o compromisso institucional com o desenvolvimento humano e a reintegração social. A doação dos ovos de Páscoa simboliza esse esforço coletivo em transformar realidades e abrir novas perspectivas para os reeducandos.