Rosivaldo Pinheiro
Um ano que se encerra leva com ele realizações, reflexões, alegrias, tristezas, vitórias e decepções. E o ano que chega, vem sempre com a esperança de um novo ciclo. Esta lógica faz parte da inteligência humana, que mesmo diante da continuidade do tempo, parece zerar o relógio da existência a cada virada de ano. Religar o relógio ativa a esperança e possibilita um recomeço, como se a partir desse novo momento todos ressurgíssemos do zero – a dádiva do infinito recomeço.
Existem desafios que precisamos vencer: nossas lutas pessoais, ultrapassar os sensos-comuns, agregar valores humanos, e não nos deixar perder na caminhada da vida. Além dos desafios individuais, temos muito que olhar ao redor, ver e perceber as necessidades de uma sociedade carente e tentar construir sempre o melhor olhar de mundo sobre as pessoas e instituições que nos cercam, e tentar superar as barreiras colocadas diante de nós todos os dias.
Olho pelo retrovisor e vislumbro as conquistas que obtivemos nesse período de 2011. Dentre elas, a autorização para a implantação da sede da Universidade Federal do Sul da Bahia em Itabuna e a construção do Complexo Intermodal em Ilhéus.
Não é fácil casar as visões de mundo de um povo tão plural e enérgico, seus ideais e crenças. Não podemos perder de vista que o homem faz parte do meio, portanto, se faz necessário conciliar conservação e desenvolvimento, rumo à conquista de processos econômicos que modifiquem o modelo centrado no setor primário exportador. É preciso encontrarmos o ponto de equilíbrio socioeconômico e ambiental.
Neste ano que se inicia, precisamos dar início às obras do que foi conquistado no papel no ano que passou. E, mais que isso, precisamos ser ativos na luta pela mudança da cultura político-administrativa dos gestores públicos dessa região, especialmente dos detentores de cargos eletivos. Em particular em Itabuna, que tenhamos a superação dos desmandos administrativos ocorridos no Legislativo, com a punição exemplar dos culpados. E, em relação ao Executivo municipal, que os recursos que chegam à cidade, independente da fonte de liberação, sejam efetivamente aplicados na melhoria da vida do povo.
Agradeço a Deus pelos sabores e dissabores da caminhada, mas, acima de tudo, agradeço a Ele pelo sublime valor da existência.
Um Natal Feliz a todos nós que acreditamos na espiritualidade solidária como o melhor caminho para uma sociedade humanizada, e um Ano Novo de muita esperança e ‘mangas arregaçadas’, como dizemos no meu sertão, porque há muito o que fazer!
Boas festas e até 2012!