Finalmente, o vídeo que estava sendo guardado a sete chaves pela direção da campanha de Dilma Rousseff (PT), foi exibido hoje, em rede nacional, no horário nobre. Além do conteúdo, que já deve estar sendo avaliado pelos marqueteiros em pesquisas de opinião, a expectativa criada em torno do lançamento em vídeo da ungida de Lula parece ter surtido efeito esperado para a turbinada na audiência.
O clima de mistério, alimentado pelas publicações nacionais, como a revista Istoé, temperado com umas pinceladas de trechos "obtidos" pelas redações, criou um clima de expectativa que deve ter ajudado a fazer crescer o número de pessoas que pararam hoje à noite para ver Dilma por 10 minutos.
E ela não fez feio – comparando com suas performances anteriores. Pareceu espontânea, embora a comparação com um Lula novamente absoluto na frente das câmeras tenha sido inevitável. Lula dá show, Dilma deu tudo de si e até foi bem. O importante é que o recado foi dado, da melhor maneira que se conseguiu.
Dizem que as sessões foram exaustivas, e a candidata teve que se doar, para repetir por quantas vezes fossem necessárias, mínimos trechos que pudessem estar ruins para o marqueteiro João Santana. Aplicação. Não por acaso, ela manda, lá pro final: "eu tive que aprender. E aprendi". Parece ter aprendido, mesmo. Talvez ainda esteja muito ‘mineira’ em seu sotaque. Mas, aí, só o pessoal da Globo para dar uma mãozinha.
No mais, parece que o objetivo de ganhar uns pontinhos e encurtar a distância para Serra está garantido. Espera-se, também, que esse efeito rearrume o balaio de partidos que se rebelam nesse momento, a exemplo do PP, que podem ter, a partir dessa retomada do crescimento, motivos a mais para continuar no barco petista.
Veja o vídeo: