Antonio Nunes de Souza | [email protected] – antoniomanteiga.blogspot.com

Nunca fui machista e sempre prestigiei o sexo oposto, dedicando o maior valor e admiração. Minha preocupação nessa vida louca foi dar carinho, afetividade, colo, aconchego e outras coisas mais que só trazem prazeres e felicidade. Nesse particular nunca tive reclamações nem no juizado de pequenas nem grandes causas!

Entretanto, agora que estamos atravessando a era específica das mulheres, ocasião em que seus poderios estão aflorando cada vez mais, está parecendo que elas estão comendo nossos velhos direitos pelas beiradas, como se fosse uma vingança pela podre repressão sofrida em milhões de anos. Acho que elas quando imaginam suas tataravós nas cavernas sendo arrastadas pelos cabelos e tomando porrrada com aqueles tacapes parecendo tacos de beisebol, o veneno vem à boca e as ideias vingativas enchem suas mentes.

Como na agricultura e na vida, nós colhemos o que plantamos. Mesmo os pobres coitados como eu, tenho que sofrer as consequências das novas leis que elas estão oficializando sorrateiramente.

Hoje, aquela piscada de olho na rua, que era o mínimo que fazíamos no passado, está passiva de prisão domiciliar. Quando elas passam usando calças de malha apertadas mostrando as marcas das calcinhas e suas bundinhas torneadas, e você cair no desplante de virar para olhar, mesmo sem dizer nada, será detido como tarado visual e condenado a pagar vinte cestas básicas como penalidade. E, se tiver o azar de dizer uma piadinha, por mais inocente que seja, a penalidade será acrescida de pagamento de fiança ou reclusão por trinta dias. Aquelas velhas e agradáveis cantadas sutis nas colegas de trabalho ou faculdade acabaram-se completamente. Você será enquadrado como tarado, assédio sexual e, imediatamente preso, demitido por justa causa, passivo de ficar encarcerado de um a três anos, sem direito a liberdade condicional, mesmo tendo bom comportamento.

Temos que ter o maior cuidado nos relacionamentos na internet, pois, muitas menininhas menores aumentam as idades para se sentirem mulheres, nos enchem de seduções e nos colocam na maior bronca com a federal, provocando prisões por pedofilia. Aí você está frito e nem Deus querendo vocês escapa das manchetes de jornais e TV, desmoralização social e profissional e, além de preso, ainda corre o perigo de ser estuprado no presídio por uma multidão de presos. Quando você conseguir provar que foi um equívoco, ainda vai ficar mais de um ano sem poder se sentar direito, pois sua bunda estará em petição de miséria.

Portanto, aconselho aos afoitos e desavisados que, para ter uma transa tranqüila, proceda da seguinte forma: Namorar seriamente, quando tiver de ir a um motel ou leva-la ao seu apartamento, peça uma declaração de espontaneidade assinada com firma reconhecida, registre em cartório. E, durante o ato, não vá inventar que é criativo e querer fazer fantasias mirabolantes, para não cair no código 14, parágrafo b, que condena de dois a cinco anos como sádico pervertido. Também é muito importante que, se a mulher for de etnia negra e na hora do orgasmo você cair na besteira de dizer: “Ai minha neguinha, minha pretinha, etc.”, você estará, literalmente, fodido!, Pois deveria dizer: “Ai minha afro descendente!”. Você acabou de cair na Lei Maria da Penha, discriminação racial, crime inafiançável e outras merdas mais que vai acabar com sua vida. O verdadeiro parágrafo D! Sem contar que, se esse relacionamento já tiver algum tempo, mesmo morando separados, ela ainda leva uma banda do seu patrimônio!

Continuarei dando o maior apoio as minhas queridas mulheres, porém, peço que amenizem um pouco essas exigências, sejam mais flexíveis, para que não tenhamos de voltar a puberdade e nos contentarmos com a modesta, segura, barata e genérica masturbação!

Antonio Nunes de Souza é escritor (Vida louca)