Em entrevista ao Trombone, na noite dessa sexta-feira, o deputado federal ACM Neto (DEM), revelou que não pretende chorar pela liderança que se foi, no caso, o ex-prefeito Fernando Gomes, que caiu nos braços de Geddel Vieira Lima, seria expulso do DEM, mas se antecipou e pediu o boné.
"Fernando fez parte de um momento da história do DEM, que ficou no passado. Desde a eleição de 2008, quando conseguimos vencer aqui em Itabuna com o Capitão Azevedo, sabemos que temos uma liderança e um grupo aqui que nos dará suporte, independente de uma situação isolada. E nossa maior liderança aqui é a presidenta do partido, Maria Alice".
A reportagem também questionou por que o democrata decidiu atacar diretamente a figura do deputado Geraldo Simões, a quem mandou um desafio para um debate, só os dois, com a presença da imprensa. Diferente do que havia discursado para as lideranças, minutos antes, Neto até elogiou o petista – "um homem de fino trato" -, mas insistiu nas críticas.
"Ele impede que as coisas venham para Itabuna. Basta ver que o município estava para receber uma câmara frigorífica, mas ele, como secretário da Agricutura que foi, nunca permitiu que esse equipamento viesse para cá. O mesmo ele faz em Brasília".
O deputado, que em um momento de maior exaltação no passado já chegou a ameaçar dar "um murro no presidente Lula", passou agora a desafiar os desafetos para a briga de palavras. O alvo da vez, o deputado Geraldo Simões, só precisa marcar o lugar. "Eu o desafio a fazer um debate comigo, para mostrar quem fez mais pela Bahia. Se o governador dele, Jaques Wagner, ou os nossos, do antigo PFL, hoje DEM".
Alertado pela reportagem, que seria uma comparação desproporcional, já que Wagner está no governo há apenas três anos e meio e o grupo que ele defende se instalou no poder por 16 anos ininterruptos, Neto arrematou: "Mas não se incomode, não. A gente pode recortar por mandatos. Mando ele escolher com qual dos nossos governadores quer fazer a comparação. O desafio está mantido".
Só faltou cuspir no chão.