Para abrir espaço para as obras de reurbanização da avenida do Cinquentenário, as dezenas de barracas de camelôs foram transferidas ‘provisoriamente’ para a praça Adami, a principal do centrão de Itabuna. A decisão pela localidade, depois de muito estica e puxa, ficou por conta dos próprios ambulantes, por meio de reuniões entre representantes do Poder Público Municipal e os membros da Associação dos Vendedores Ambulantes de Itabuna (Avai).
Como era o acordo, as barracas não voltam para a Cinquentenário, ainda mais depois da avenida ter virado a vitrine da atual gestão municipal. Se todos estavam de acordo, não deve haver problema, certo? Não, não. A falta de estrutura do lugar onde estão é gritante, o que está gerando protestos da categoria.
Segundo o vice-presidente da Avai, Márcio Higino da Silva (foto), apesar de a localização ser ótima para as vendas, devido à falta de estrutura do lugar, as últimas chuvas causaram muitos prejuízos, uma vez que quando a água desce a ladeira, sai levando tudo que encontra pela frente. Eles também reclamam que a precariedade das instalações afugenta os clientes.
A reportagem do Tombone procurou o secretário municipal da Indústria, Comércio e Turismo, Carlos Leahy, para que ele desse informações sobre o destino dos camelôs. De acordo com Leahy, a prefeitura de Itabuna está estudando um local propício para o comércio informal.
Mas, enquanto isso não ocorre, a prefeitura vai fornecer oito toldos, de quatro metros quadrados cada, que serão armados e desarmados todos os dias pelos próprios camelôs, em toda a extensão da parte central da praça.
Um dos locais em estudo para a transferência é o Centro Comercial, mas isso só ocorrerá caso o local sofra melhorias. "Estamos analisando e buscando recursos para serem aplicados numa grande reforma no Centro Comercial, transformando-o realmente num local atrativo, num shopping popular, apropriado, confortável", afirma.