Mais uma vez, candidatos custodiados no Conjunto Penal de Itabuna que concorreram a uma vaga no ensino superior por meio do Enem, obtiveram um bom desempenho nas provas, o que os credencia a pleitear a matrícula pelos instrumentos de seleção, como Sisu e Prouni. A inscrição dos candidatos que possuem boas chances nos dois sistemas de seleção já foi requerida pelo setor de Educação do CPI, após autorização da direção do presídio.
Não é a primeira vez que internos do Conjunto Penal de Itabuna vivem a expectativa de cursar o ensino superior. Em 2017, três foram matriculados e autorizados a estudar em uma instituição de nível superior, justamente por meio da aprovação (bom desempenho) nas provas do Enem.
De acordo com o diretor do CPI, capitão PM Adriano Valério Jácome, a Educação é um poderoso instrumento de ressocialização, daí a importância que a direção, junto com a empresa Socializa, que administra o presídio em regime de cogestão com o Estado, dispensam a essa ferramenta.
“Essa é uma demonstração de que sistema penitenciário baiano dá respostas e mostra que, com o esforço de todos, bons resultados na ressocialização são perfeitamente possíveis, como temos visto em Itabuna. Em 2017 matriculamos três internos em cursos de grande concorrência na região”, observa o diretor do CPI, capitão PM Adriano Valério Jácome.
Preparação
As provas do Enem foram aplicadas no mês de novembro (dias 12 e 13). Antes disso, o setor de Educação preparou um “Aulão do Enem”, em que foram abordadas preocupações comuns a todos os candidatos, especialmente atenção ao estilo dos enunciados, cuidados com a compreensão das questões etc.
Os candidatos ainda contaram com apoio psicológico, prestado pelo psicólogo Alessandro Peixoto, do próprio CPI. As dúvidas pedagógicas foram trabalhadas por professores que atuam nas escolas que funcionam na unidade.