Por Arnold Coelho
Fizemos uma caminhada bruta na manhã de domingo, 24 de março, e a ideia inicial era comemorar o Dia Mundial da Água, acontecido no dia 22, data tão importante para a humanidade, afinal, água é vida.
Joguei a ideia no grupo e surgiram mais dez aventureiros: seis homens e cinco mulheres. Para a minha surpresa, no domingo pela manhã, só eu e Fábio (homens) aparecemos e a caminhada foi salva pelas “mulheres empoderadas”, que além de pontuais, cada uma, com suas peculiaridades, superaram os seus limites.
A caminhada ficou mais com cara de homenagem ao Dia Internacional da Mulher e por isso vamos falar um pouquinho de cada uma dessas guerreiras que mostraram o porquê de a mulher estar dominando o mundo.
Thamiris veio recentemente de uma cirurgia bariátrica, saindo de uma vida sem regras na alimentação, para uma atleta fitness. Ela hoje é exemplo de força e vontade de superar seus limites.
Maíra, a mais experiente em caminhadas, acordou com uma forte enxaqueca. Ela tinha tudo para desistir, mas jogou de lado a dor de cabeça e subiu a serra na marra e na garra.
Valkiria foi a que mais surpreendeu, pois passou por um acidente automobilístico e ficou meses sem andar, com pinos no joelho e no pé e uma placa na perna. A cada parada ela sentia dor, o que só fez crescer a vontade de concluir.
Kami Braz foi outra mulher guerreira, que deixou a filha na casa da sua mãe e mesmo sentindo dores (que só descobrimos no alto da serra), encarou a subida. Ela compensava a dor correndo.
Fernanda Mangueira foi outra que por vezes sofreu nas ladeiras (respirando fundo e orando). Na última caminhada ela chegou atrasada. Ontem ela foi a primeira a chegar no local para se redimir.
Na caminhada de 20km aconteceram subidas intermináveis, quedas, contato com carrapatos; fobia de mata fechada, muitas histórias e gargalhadas.
Quanto a mim e Fábio, ontem fomos meros guias nessa aventura da “Turma da Luluzinha”.