Por Arnold Coelho
Ultimamente está na moda ‘arrotar’ aos quatro cantos discursos evasivos de pseudo-honestos, principalmente quando o assunto é corrupção na política. É impressionante como falta espelho para o povo que tem como mantra o jeitinho brasileiro de ser.
Ser ‘honesto de verdade’ nos dias de hoje é uma anomalia. Brasileiro ‘honesto’ é ‘produto’ em extinção. Basta você conversar 5 minutos com alguém e falar de um assunto específico e o discurso de honestidade cai por terra.
Basta perguntar sobre qual time a pessoa torce e ela vai dizer que não perde um jogo do seu time, assistindo tudo pelo aparelho ‘pirata’ (aquele que rouba sinal de TV fechada). O indivíduo ainda vai falar com orgulho que o sinal pirata oferece centenas de canais “a preço de banana”.
Se você falar de informática aí a desonestidade aumenta, pois além do sistema operacional (Windows) pirata, o ‘cabra” ainda faz questão de falar que só usa programas piratas e ainda te passa link na internet para você baixar e “crakear” os programas.
Se você falar em Auxílio do Governo ou Seguro Desemprego, ai vira caso de polícia. O cara é honesto, mas mente na maior ‘cara dura’ e dá endereço errado para tentar provar que não tem renda e se cadastra para receber um auxílio exclusivamente para pessoas em condições de extrema pobreza.
Para receber o Seguro Desemprego o indivíduo ‘honesto’ vai ainda mais adiante no ato corrupto. O ‘danado’ ‘esquenta’ a carteira de trabalho para receber três ou quatro parcelas do Seguro Desemprego.
Atestado médico é outra prática muito usada entre os pseudo-honestos, que não querem trabalhar ou gostam de ficar ‘encostado nas tetas do governo’ por dias, meses ou até a chegada da aposentadoria.
Quer conhecer um ‘bom brasileiro’ presencie um caminhão tombado sendo saqueado na BR. A velocidade com que a população saqueia uma carga é algo assustador, e o pior vem depois. O ‘pai honesto’ que saqueia a carga pela manhã coloca o filho à tarde no quebra-molas para vender o produto ‘saqueado’.
A lista das ações corruptas que são usadas diariamente pelo brasileiro daria para escrever um livro. Mas a pergunta é a seguinte: Até onde vai a sua honestidade?