Parece que alguns partidos, se dando conta ora da indiferença, ora da repulsa do eleitorado à atividade política e a muitos dos políticos em geral, já começam a revisar os seus planos para implementar as suas campanhas eleitorais.
Em verdade, seja pelo amplo domínio do tema da corrupção que tanto desgaste vem ocasionando à atividade política e aos que, com mandato ou sem mandato, fazem vida pública, seja pelo baixo nível de consciência política que ainda move – e quase sempre mal – o eleitorado sugere estar vivendo um misto de alheamento em face do processo de pré-campanha que, prematuramente, já está sendo deflagrado (os altos índices de omissão captado pelas diferentes pesquisas) e de ojeriza à política e a muitos dos políticos. Se as campanhas não reverterem esses sentimentos, as urnas podem trazer surpresas inimagináveis. Há quem já preveja resultados muito inesperados, provocados por esse estado de espírito do eleitorado. Sem contar a prevista inserção de um componente estonteante a interferência das redes sociais no processo (vide eleição para prefeito em S.Paulo!). O descontentamento parece ser maior do que se imagina. “Banana e bolo”, é receita que talvez não cole mais…
A percepção pelos argutos observadores do humor popular, já começa a se manifestar tanto que alguns partidos políticos começam a repensar estratégias e tentar encorpar os seus quadros com vistas à renovação dos nomes a serem apresentados.
Há pouco, o PTB – Partido Trabalhista Brasileiro, que ora experimenta – depois de severa faxina político-ideológica com limpeza total de seus quadros e busca do resgate do seu glorioso passado na vida brasileira (tempos do trabalhismo exitoso de Vagas, Goulart e Leonel Brizola) – iniciou em todos os estados um pertinaz trabalho de reconvocação de antigas lideranças e conceituados próceres políticos para integrar os seus quadros, muitos que se haviam espontaneamente retirado da militância cotidiana.
Nessa linha, o PTB nacional, estado por estado, vem buscando o apoio de vários nomes de peso conceitual e histórico, Na Bahia, por exemplo, acaba de conquistar a adesão do advogado Carlos Eduardo Sodré – um dos quadros mais conhecidos no sul e extremo sul, e em todo o estado e capital – que já se dedica a desenvolver discreta, mas intensa, articulação em favor da reimplantação da sigla trabalhista em numerosos municípios baianos a qual, já estendeu-lhe convite para a disputa eleitoral de cargo de alto destaque, a cujo convite, de forma muito cautelosa, condicionou a exame da projeção de conjuntura política do estado e consultas que lhe têm rendido múltiplas e prestigiosas adesões.
Sodré, reconhecidamente, além de longa folha de serviços prestados à causa pública – co-mo se extrai de seu extenso e rico currículo – e à militância político-partidária, é advogado de renome nos meios forenses e trafega com grande desenvoltura em todas as áreas e grupos políticos da atividade política do estado, por conta de seu estilo pessoal polido de convivência e da forma como sempre exerceu a atividade pública. Se aceitar, a região cacaueira poderá se colocar em posição de grande destaque no cenário estadual e nacional. É nome novo no xadrez político, mas com experiência que poucos têm acumulada. Pensa e respira política há mais de 60 anos, tem conceito e relacionamento no estado inteiro.
Uma coisa é certa: tudo faz crer que as urnas de 2026 tendem a trazer muita surpresa…