Adilson Machado
Escrevemos, ainda no limiar da posse, que o prefeito eleito, Nilton Azevedo, era um predestinado. Nunca lhe passara pela cabeça o trajeto de uma carreira política como a iniciada em 2004: de vereador “mais votado” a vice-prefeito, que aceitou por determinação partidária, tida então como barca furada.
PREDESTINAÇÃO
A circunstância elegeu-o vice e o fez cumular a Secretaria de Transporte e Trânsito. Três anos depois candidato a prefeito, enfrentando todas as adversidades: desde a má vontade de FG – que transitou de Dinailton a Capitão Fábio sem passar por ele – ao reduzido apoio financeiro para a campanha, quando negados recursos inclusive na instância partidária em nível do minimamente ideal para quem se expressava candidato de um município de importância singular no cenário político estadual.
Desatrelou-se da desgastada administração Fernando Gomes, o que o torna um fenômeno eleitoral – dizíamos.
COMO SE CONHECERÁ O PREFEITO
Superou instantes adversos de sua carreira política, no curto espaço de quatro anos, feriu a lógica político-eleitoral (afinal, só “louco” deixa uma eleição garantida em troca de aventura, como a de 2004) e viu-se coroado com a vitória avassaladora em 2008, vencendo adversários e correligionários.
AVALIANDO O FUTURO
E víamos, com redobrada desconfiança: porque acredito no que possa realizar, espero que o realize e esta é sua missão.
Assim, reveste-se de especial significado para o articulista a indicação de primeiro, segundo e terceiro escalões da administração Nilton Azevedo. Através dela veremos se o oráculo que o acompanha se materializará, fazendo da competência o primado da excelência, ao separar o joio do trigo em meio aos grupos que político-partidariamente o sustentam e se confirmará compromisso (que será histórico) com o futuro de Itabuna.
Afinal, cabe ao prefeito eleito reconhecer-se, ou não, com essa predestinação que o persegue desde 2004. Que o pretende como uma das maiores lideranças locais.
Adylson Machado é Advogado e escritor, autor de “Amendoeiras de Outono” e “O ABC do Cabôco”, pela Via Litterarum
(Artigo publicado originalmente no sítio POLÍTICA, GENTE, PODER e reproduzido no PIMENTA NA MUQUECA, em dezembro de 2008).