A resolução do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), de proibir, a partir dessa quarta-feira (11), atos de campanha nas ruas, a exemplo de carreatas, passeatas, bicicleatas, comícios entre outros, está sendo duramente criticada por políticos e juristas. A justificativa do Tribunal é o risco de aumento dos casos de Covid-19 que essas atividades provocariam.
Um dos mais reconhecidos advogados da Bahia, militante do direito eleitoral, Ademir Ismerim, foi a primeira voz a se levantar contra o posicionamento do TRE. Para ele, a medida significa a paralisação da campanha em si, e representa uma limitação do direito dos eleitores de conhecerem os candidatos em disputa e se decidirem pelos de sua preferência.
Em Itabuna, o candidato a prefeito Geraldo Simões também teceu duras críticas ao que chamou de “cerceamento do direito de fazer campanha”, o que já vinha ocorrendo em Itabuna, por força de uma decisão do juízo eleitoral de piso. “E todas as restrições prejudicam a nossa campanha. Estávamos indo para a quinta carreata, estávamos numa crescente também nas caminhadas e visitas a eleitores”, declarou Geraldo.
Ele criticou também a não realização do debate eleitoral que estava programado para o último sábado (7) , e seria transmitido pela TV Cabrália. O cancelamento do debate foi comunicado de forma confusa, e cumpriu seu papel: confundiu as campanhas, ao justificar a medida com argumentos usados pela Justiça Eleitoral para suspender as atividades de campanha, a exemplo do risco de proliferação do coronavírus.
“O cancelamento do debate beneficiou o candidato Augusto Castro, que se apresenta como o novo político, mas já faz campanha com a direita desde 1989, com Fernando Collor de Mello. Por exemplo, eu ia perguntar algumas coisas sobre essas afirmações falsas, mas o itabunense não terá a oportunidade de saber de suas controvérsias”, afirmou Geraldo.
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