O Jardim do Ó, no centro de Itabuna, será palco nesta quinta-feira (05),  de uma manifestação em resposta ao crescente número alarmante de feminicídios no Brasil. O ato, previsto para começar a partir das 9 horas, também tem como objetivo homenagear a memória de Luana Santos Brito, brutalmente assassinada na noite do dia 29 de junho. Além de cobrar por justiça, o protesto será uma uma forma é de prestar solidariedade a todas as mulheres vítimas de violência.

Dados assustadores revelam que entre 2017 e 2022, o número de feminicídios aumentou em 37%, refletindo uma triste realidade que exige uma ação enérgica por parte das autoridades e da sociedade como um todo. Diante desse cenário, o movimento feminista tem se mobilizado intensamente para combater essa grave violação dos direitos da mulher e exigir políticas públicas efetivas que enfrentem o problema de frente.

A manifestação contará com a participação ativa da CTB Mulher (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), bem como de diversas outras entidades feministas comprometidas com a luta pelos direitos das mulheres. “A união dessas organizações busca transmitir uma mensagem clara e contundente: não podemos mais tolerar que mulheres percam suas vidas de forma tão brutal e injusta”, diz um dos coordenadores do evento.

Familiares e amigos de Luana Brito também estão se organizando para participar da manifestação.

 

Caso Luana

A cabeleireira Luana Brito, de 29 anos, foi morta com seis tiros na noite do último dia 29 de junho, no bairro São Roque. Ela trabalhava em um salão de beleza no centro da cidade. O principal suspeito do crime é o ex-marido de Luana, Lucas Cruz, que continua foragido.

Luana teria ido buscar as duas filhas que estavam com o suspeito, quando foi assassinada. Segundo testemunhas, não aceitava o fim do relacionamento e, por esse motivo, teria passado a perseguir a ex-mulher.

Lucas respondia por outras ocorrências de violência doméstica e a própria Luana havia pedido medida protetiva de urgência em curso. A Delegacia de Homicídios de Itabuna investiga o crime como feminicídio.