O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, é a segunda causa de mortes no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A estimativa é que uma em cada quatro pessoas será vítima da doença ao longo da vida. No Brasil, no primeiro semestre de 2022, foram registrados mais de 50 mil óbitos. Para alertar sobre os riscos, anualmente são realizadas campanhas para orientação.
No sul da Bahia, a Santa Casa de Itabuna, em parceria com Faculdade Santo Agostinho, está promovendo ações para chamar a atenção da população sobre a importância dos cuidados que podem evitar um AVC. No primeiro momento, houve distribuição de panfletos e orientações sobre os cuidados que ajudam na prevenção e como deve ser a reação numa situação em que uma pessoa esteja sofrendo um AVC.
O médico neurologista Antônio Fernando Ribeiro Silva Júnior, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, alerta que o AVC é uma doença súbita, que não emite sinais prévios e os sintomas surgem de uma hora para outra.
Os acidentes vasculares cerebrais são isquêmico ou hemorrágicos, sendo de 80% a 85% do primeiro tipo. Estudos indicam que cerca de 90% dos casos podem ser evitados, conforme explica o médico Antônio Fernando. “Para isso, medidas como evitar o tabagismo e alcoolismo, fazer o controle correto da diabetes, hipertensão e baixar o colesterol; praticar atividades físicas regularmente, combater a obesidade e uma alimentação de qualidade são fundamentais para diminuir a chance de ter a doença”, afirma.
De acordo com os especialistas, algumas doenças cardíacas também aumentam a chance de AVC. Por isso, a pessoa deve fazer regularmente o acompanhamento com o cardiologista. Essa é uma medida muito importante para a prevenção.
IDADE TAMBÉM É FATOR DE RISCO
O médico Antônio Fernando explica que a idade avançada é outro fator de risco, mas o derrame cerebral atinge pessoas de todas as faixas etárias, sendo mais comum na faixa acima dos 55 anos. “Todos os grupos de pessoas devem tomar cuidado e buscar um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e uma rotina com atividade física, fazer ao menos uma caminhada duas ou três vezes por semana e cuidar da saúde mental”.
As pessoas devem ficar em alerta para sinais como: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão, alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.