É ouro! Após sofrer muito no segundo tempo, o Brasil superou o cansaço, venceu a Espanha por 2×1 na prorrogação e conquistou o bicampeonato olímpico.
Matheus Cunha, recuperado de lesão, marcou ainda no primeiro tempo, Oyarzabal empatou no segundo e Malcom, no segundo tempo extra, deu o título para a Seleção Brasileira.
Logo nos primeiros minutos, a Espanha já mostrou que o Brasil precisaria fazer um jogo de paciência. Características do futebol espanhol, o toque de bola e a forte marcação também entraram em campo.
Mas os brasileiros não se acanharam. Pouco a pouco, eles foram igualando o jogo e passaram a avançar suas linhas e ficaram mais tempo com a redonda no pé.
O jogo
Com o equilíbrio marcando o primeiro tempo, as duas seleções assustaram antes dos 25 minutos. Pelo lado europeu, Diego Carlos quase marcou contra, mas tirou a bola em cima da linha. Para o Brasil, Richarlison aproveitou cruzamento e chutou forte, acertando a rede pelo lado de fora.
E foi o camisa 10 que perdeu uma grande chance de abrir o placar. Aos 35 minutos, o VAR viu pênalti na trombada de Simón em Matheus Cunha e chamou o árbitro para a análise, que apontou a penalidade.
Porém, bastante nervoso no jogo, Richarlison chamou a responsabilidade, pegou a bola, mas chutou muito mal e isolou a oportunidade de abrir placar.
Quando o primeiro tempo já parecia completo, Matheus Cunha mostrou que estava recuperado. Após um grande esforço de Daniel Alves, o camisa nove matou a bola no peito contra dois adversários e chutou no canto direito para abrir o placar.
Segundo tempo espanhol
Após tomar o gol no apagar das luzes, o técnico Luis de La Fuente voltou para a segunda etapa com duas alterações. Soler no lugar de Merino e Bryan Gil para a vaga de Asensio.
As substituições surtiram efeito e a Espanha passou a mandar no jogo. O Brasil teve uma grande chance de marcar, enquanto os europeus tiveram diversas oportunidades. Em uma delas, Oyarzabal empatou.
Pelo lado verde e amarelo, Richarlison fez linda jogada, cortou o zagueiro e chutou forte para o gol. Simón se redimiu do pênalti cometido e praticou a defesa. A bola ainda bateu no travessão.
A partir daí, começou o show de Soler. Aos 16 minutos, ele recebeu em profundidade e cruzou na medida para Oyarzabal fazer um bonito gol e empatar a partida.
O camisa 14 ainda chutou de fora da área para a defesa de Santos e acertou o travessão em uma cabeçada que encobriu o goleiro brasileiro.
E foi a baliza, também, que salvou o Brasil aos 40 minutos de jogo. Bryan Gil, a outra alteração do técnico espanhol, soltou uma bomba de fora da área e por pouco não marcou.
Com um time visivelmente cansado e sem alterações, o Brasil se arrastou até a prorrogação.
André Jardine finalmente mexeu em sua equipe. Ele colocou Malcom no lugar de Matheus Cunha. A grande alteração foi na postura da Seleção Brasileira, que dominou todo o primeiro tempo extra, mas não conseguiu marcar. Unai Simón, bem atento, dominava a ações dentro da área.
O segundo tempo trouxe o equilíbrio de volta ao jogo. Após sofrer no primeiro tempo, a Espanha passou a subir mais em busca do gol do título. Porém, o que colocou os europeus no caminho do ouro, foi o que os traiu.
Aos quatro minutos, em um contra-ataque muito rápido, Antony recebeu pela direita e lançou Malcom. O camisa 17 venceu Eric Garcia na velocidade e chutou forte, na saída de Símon, para colocar o Brasil com uma mão na medalha. (Metrópoles)