O Conjunto Penal de Itabuna (CPI) iniciou, nessa quarta-feira (9), o projeto “Setembro Amarelo: Atenção à Vida”, em referência ao mês dedicado ao combate ao suicídio. O projeto, que foi inaugurado com o público feminino, segue até o fim do mês, para que toda a população seja contemplada.
O Setembro Amarelo foi idealizado pelo setor de Psicologia, mas será desenvolvido por diversos profissionais do Corpo Técnico, em nome da interdisciplinaridade que o tema exige. “Da abertura à culminância o projeto será interdisciplinar, e vamos focar na transversalidade do tema. O suicídio é tema muito complexo, e precisamos trabalhar com psicólogos, pedagogos, professores, enfim, todos que puderem colaborar”, explica a coordenadora do Corpo Técnico do CPI, Rejany Mororó.
O projeto prevê uma palestra inicial, em que um profissional da Psicologia discorre sobre a importância da atenção à vida, sobre a necessidade de buscar apoio profissional, que é disponibilizado na unidade prisional pela empresa Socializa, que operacionaliza o presídio em regime de cogestão com o Governo do Estado. Ao todo, são três psicólogos e um psiquiatra trabalhando no Conjunto Penal de Itabuna.
Em seguida é apresentado um filme (O Vendedor de Sonhos) para, em seguida, abrir a discussão sobre o tema para todos e todas. “Essa discussão coletiva, mediada por profissionais da Educação, vai embasar a produção textual sobre o tema, que contará como remição para quem participar”, explica Rejany Mororó.
A abertura do projeto contou com uma intérprete de Libras, a Língua Brasileira de Sinais, que falou da importância da comunicação para superar as dificuldades vividas pelas pessoas encarceradas, que podem desencadear pensamentos suicidas. Por outro lado, em setembro também se celebra o “Setembro Azul”, mês da visibilidade da Comunidade Surda Brasileira.