Ocorreu na manhã de hoje, no auditório da Justiça Federal, a abertura da consulta pública sobre a Avaliação Ambiental Estratégica do projeto Porto Sul. O estudo, que buscou apontar o melhor caminho do ponto de vista ambiental para a execução do projeto, foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para o Instituto do Meio Ambiente da Bahia.

A apresentação do trabalho foi feita pelo professor Emílio La Rovere, que coordenou todo o levantamento. Na abertura, também esteve o secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, que falou sobre a necessidade da busca de alternativas que conciliem o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Entre as autoridades da região, também compareceu ao evento o prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, além do prefeito ilheense Newnton Lima.

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O prefeito Newton Lima destacou a importância do desenvolvimento sustentável

Para Lima, o argumento de Spengler é correto. "Temos que realmente encontrar um ponto de equilíbrio, pois só a proteção do meio ambiente não resolve os problemas de nossa sociedade, assim como não é concebível o progresso a qualquer preço". O prefeito acredita que, com relação ao Porto Sul, não cabe mais ser meramente contra ou a favor. "É preciso, como sugere o estudo da UFRJ, que se procure o caminho ambientalmente mais correto para executar o projeto reduzindo as perdas para a natureza", avalia.

A avaliação ambiental estratégica ponderou aspectos positivos e negativos do Porto Sul, um complexo intermodal de transportes que será integrado pela Ferrovia Oeste-Leste, terminal portuário e um aeroporto internacional. O empreendimento é uma iniciativa do governo baiano, com o objetivo de descentralizar o desenvolvimento industrial no Estado. O estudo da UFRJ apontou a possibilidade de que o complexo logístico atraia investimentos e gere 39 mil empregos até 2025.