O setor do turismo na cidade de Porto Seguro está sofrendo muitos prejuízos por causa da pandemia do coronavírus. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Bares, Restaurantes, Hotéis, Pousadas, Condomínios Residenciais, Flat Services, Bingos, Parques Aquáticos e Similares do Extremo Sul da Bahia (SINTOTHESB), mais de 80% dos funcionários de hotéis com contrato ou carteira assinada já foram demitidos.
“A demissão em Porto Seguro foi em massa, mais ou menos 80% dos trabalhadores desempregados diretos, fora os indiretos. Muitas empresas tomaram medidas rápidas, não esperaram medidas do governo e demitiram logo”, disse José Gomes, coordenador do sindicato. Conforme relatos de representantes do setor hoteleiro, as demissões na área turística passam de 85%.
Há cerca de 20 dias que hotéis e pousadas não recebem hóspedes. Complexos de lazer, praias, restaurantes, pontos turísticos, antes cheios, agora permanecem desertos. A situação é reflexo do isolamento social, estratégia importante no combate ao novo coronavírus.
Na Bahia, até o início da tarde desta quarta-feira (15), o número de pessoas infectadas pela Covid-19 passava de 800, com 27 mortes. Somente em Porto seguro, há 11 casos de pessoas com coronavírus.
Seguindo as recomendações dos órgãos de saúde, a atividade hoteleira, assim como de restaurantes e áreas turísticas, foi suspensa, o que causou impactos. “Os impactos são os mais devastadores possíveis: empresas fechadas e gerando custos com manutenção básica, além da despesa com folha de pagamento e tributos”, destacou Oliver Abade, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), em Porto Seguro.
Preocupados com as contas, os hoteleiros pedem ajuda ao governo municipal e demais autoridades. “A gente precisa de socorro, que a conta seja dividida. A gente entende, hoje, que será preciso abatimentos, precisamos de socorro, precisamos de abatimento nos alvarás de funcionamento, todos os encargos”, enfatizou Abade.
Para o consultor de turismo, Richard Alves, as empresas devem ajustar os custos e despesas, renegociar com fornecedores, com bancos. Ele também disse que, apesar de ninguém saber quanto tempo a pandemia ainda vai durar, é importante se pensar e planejar a retomada das atividades.
“Como vai ser quando isso passar? A principal dica é essa, a capacidade de adaptação, de paciência, cuidar da saúde mental e física, e entender, por mais assustador que seja, que a humanidade vai superar isso. E principalmente no turismo, assim como outras atividades econômicas, daqui há um tempo, vamos reorganizar tudo isso”, concluiu. (Com informações do G1)