Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a estabilização da inadimplência dos brasileiros tende a favorecer a consolidação deste indicador, em algum momento futuro, das empresas. Isso ocorrerá porque quando uma pessoa física paga uma dívida, esta dívida tem sempre um credor – que é pessoa jurídica. No entanto, este movimento ainda deverá demorar a acontecer”.
Considerando companhias de todos os portes, houve aumento da participação daquelas com mais de cinco anos de existência. Os dados mostram que a evolução deste ano até setembro/19, comparada com dezembro/18, revelou uma maior variação entre aquelas com mais de 15 anos – 0,7 ponto percentual –, enquanto as com até cinco anos de existência apresentaram queda de quase 2 p.p.
Setor de serviços puxa alta
Foram os micro e pequenos empreendimentos de serviços os maiores impactados pela inadimplência, representando 48,5% do total, com a maior variação com relação a agosto/18 – 11,1%. Na comparação com julho/19, o número foi de 2,1%. A Indústria apresentou crescimento de 7,0% na análise ano a ano, ainda que tenha a menor representatividade entre aqueles com contas atrasadas. Na análise com julho/19, o setor aumentou 1,8%. Já o Comércio tem representatividade de 42,6%, com altas de 6,4% no comparativo anual e 1,2% na análise mensal.