Adylson MachadoQuando o tema se esgota em si mesmo, um rodapé pode definir tudo e ir um pouco além.  

Adylson Machado

                                                                              

Academias I

A prodigalidade tomou conta de Itabuna no quesito academia, imbuída essa augusta terra em edificar espaços para a imortalidade. Eis que surge a terceira (não a última), no glorioso 2011 – que será lembrado pelos pósteros como o ano acadêmico itabunense: a ALAMBIQUE – a mais nova Academia criada em Itabuna – como noticiado neste O TROMBONE de quarta 11 (que passa a integrar com a AGRAL e a ALITA o panteão que acolherá nossos imortais).

Estamos nos esquecendo, no entanto, de reverenciar a mais antiga das itabunenses, destituída de estatutos e fardões, porém a mais respeitada por seus imortais: a ALG – Academia de Letras Garrafais – da confraria do ABC da Noite, de Cabôco Alencar, aquela onde os acadêmicos se reúnem/entram “para trocar ideias e saem com as ideias trocadas”.

E que não tem preconceito de gênero, nem gera conflitos e não discrimina pretendentes, ainda que imortais de quaisquer outras.

Academias II

Tantas as cadeiras por ocupar, provectos e vetustos ao lado de aspirantes ao estrelato acadêmico encontrarão o amparo que lhes reserva o gáudio panteônico. Brevemente inflado de políticos que muito justamente serão guindados à imortalidade (afinal, Getúlio Vargas não integrou a Academia Brasileira de Letras?). Mormente se tiverem algum texto publicado, como Fernando Gomes que anuncia para breve o seu livro de memórias.

E como está chovendo academia na horta, hora de revitalizar outras duas instituições acadêmicas que por modéstia se denominavam “turma”: a “do Quibe” e a “da Jaca”.

A retalho

RuyO presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Ruy Machado, entrega relatório de auditoria, anteriormente anunciado, fazendo-o de imediato a OAB local (com muita foto e pose), e anunciando para a próxima semana fazê-lo ao Ministério Público.

A entrega a retalho talvez refletisse falta de papel e tinta, não fora a evidente publicidade a ser alcançada com o espaçamento.

Dá para entender?

Em artigo para o Diário Bahia deste fim de semana o poeta e contista Cyro de Mattos escreveu tocante o “Ginásio dos Meus Verdes Anos” – sobre o Divina Providência – sob a ótica do menino que lá estudou e conviveu com mestres e colegas que fizeram história.

O mesmo Cyro que defendeu – na condição de Presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania FICC (pasme o leitor!) – a utilização comercial do histórico colégio desde que preservada a sua fachada e assegurado espaço para um memorial.

Esquizofrenia intelectual: saudoso escreve sobre o colégio depois de ter defendido o desvio de sua memória.

Dá para entender

Talvez a realidade seja outra. Diante das câmeras e microfones fez o jogo da Prefeitura (para não perder a boquinha), mesmo sabendo do crime que cometia como co-autor intelectual.

Em nível de memorial, assegurar espaço para a sua fotografia.

Vanitas vanitatum.

Universidade Federal I

Não deixa de ser auspiciosa a informação: reivindicada a Universidade Federal do Sul e Extremo Sul da Bahia, centralizada em Itabuna, onde ficaria a reitoria e seu campus estendido aos municípios de Teixeira de Freitas, Itamaraju, Porto Seguro e Eunápolis.

A defesa da iniciativa, do deputado Geraldo Simões, que, em audiência com o Ministro Haddad, se fez acompanhar com outros deputados do PT e do Deputado Daniel Almeida e do vereador Wenceslau Junior, do PCdoB. Detalhes neste O TROMBONE de quinta 12.

Universidade Federal II

Detalhes da informação nos deixam preocupado com o andamento do pleito. Primeiro, a ausência de outros deputados, a exemplo de Josias Gomes, considerando que a iniciativa – como o diz a matéria – também seria encaminhada ao Governador Wagner; segundo Wenceslau, o que nos levaria a presumir possível disputa política em nível interno do PT na Bahia.

Universidade Federal III

Redigidos foram os Rodapés I, II amparados nas matérias veiculadas e que, a considerar a entrevista do vereador Wenceslau Júnior ao “Alô Cidade”, da TVI, se apresentam incompletas ou distorcidas. Segundo o vereador, a audiência com o Ministro Haddad fora agendada na segunda 9, pelo Gabinete do Deputado Daniel Almeida.

Contatado o deputado Josias Gomes, não teve como alterar a agenda anteriormente estabelecida, mas hipotecou apoio à iniciativa. O deputado Luiz Argolo não foi localizado.

Assim, algumas considerações postas nos Rodapés I e II ficam sem sentido. Mantemo-las como forma de contribuir com o leitor: o teor do publicado, às vezes, corresponde ao interesse de quem municiou a informação.

Ah! Itapetinga estaria também como espaço para instalação de uma extensão.

Para não esquecer

Temos dito e repetido que a não reeleição de Geraldo em 2004 representou um atraso de 30 anos em projetos para Itabuna. Dentre eles destacamos o que seria o primeiro Centro de Cirurgia Cardíaca do interior da Bahia (a ser implantado no Hospital de Base) – os equipamentos já estavam sendo licitados – e o início de uma extensão da Federal em Itabuna, que se iniciaria com a realização de provas do vestibular já a partir de 2006/2007 em terras grapiúnas, contando com apoio do então Reitor Naomar Monteiro.

Quando implantaram a Federal do Recôncavo a nossa viria logo em seguida.

Revisão de limites I

Rosivaldo Pinheiro – economista e pós-graduado em Gestão de Cidades – está devendo uma definição: favorável ou não à redefinição dos limites entre Ilhéus e Itabuna? Poderia, ainda, considerando deter informações técnicas a partir da formação que possui, responder se é ou não a favor de que o bairro Nova Califórnia, em Itabuna, permaneça integrando o município de Ilhéus. E, considerando a implantação de equipamentos privados geradores de emprego e instalados “em Itabuna” no município de Ilhéus (ler “Irrefutável II, neste DE RODAPÉS de 1º de maio), se é justo permanecer a população itabunense tendo que utilizar dois transportes coletivos para ter acesso a ditos equipamentos. Dentre outras indagações, cremos que o ilustre articulista não respondeu diretamente a essas perguntas no artigo “A disputa territorial, o holofote eleitoral e o bairrismo comportamental”, neste O TROMBONE de quarta 11.

Revisão de limites II

Temos, também, diante da seriedade do assunto – que se encontra sob apreciação da comissão competente na Assembléia Legislativa, portanto em discussão pelos senhores deputados – que não pode o mesmo ser tratado como “bairrismo”. Tampouco as posições defendidas aqui e ali consideradas sob o prisma do açodamento.

O dever de cada político eleito é defender os interesses do povo que representa. Nesse particular aspecto – afastados os exageros e provincianismos, e mesmo despreparo de alguns no enfrentamento do tema – nenhum absurdo há nas posições assumidas pelos deputados Coronel Santana (o único eleito por Itabuna a defendê-la nessa discussão envolvendo os limites), Augusto Castro (que precisa se posicionar de forma clara) e Ângela Souza.

Está faltando é posicionamento e assunção das respectivas responsabilidades políticas e sociais de representantes da sociedade civil itabunense (clubes de serviço, sindicatos etc.) e de políticos, como Geraldo Simões e Josias Gomes.

Nesse sentido, como político, qual a posição de Rosivaldo Pinheiro se representante o fosse do povo de Itabuna?

A Região encolheu

É a conclusão a que chega Agenor Gasparetto (“Censo 2010”) em análise a partir de dados do IBGE, considerando a evolução demográfica da Região Ilhéus-Itabuna no período 1980-2010. Detalhes em “Política, Pesquisa e Literatura” de 12 de maio no http://agenorgasparetto.zip.net.

E tem gente trabalhando contra o complexo intermodal!

Leituras do momento I

“Geraldo e Juçara destacam novos investimentos na saúde em Itabuna” postado às 19h:18min do dia 10 de maio. “Novos contratos são viabilizados para a saúde em Itabuna com apoio de Augusto Castro”, postado às 10h:07min do mesmo dia. Ambos no Políticos do Sul da Bahia.

Considerando a mesma origem blogueira não deixa dúvida de que Augusto Castro (PSDB) “conseguiu” os investimentos (com direito a exibir foto posada junto ao Secretário Solla), cabendo a Geraldo Simões e sua mulher Juçara Feitosa (PT) pongarem no evento (em foto isolados), pois lhes coube apenas “destacar” as conquistas para a saúde municipal trazidas ao solo itabunense pelo Secretário Jorge Solla.

Leituras do momento II

Se tivéssemos que levar as manchetes ao pé da letra, não teríamos dúvida de que Geraldo e Juçara não andam bem das pernas políticas junto ao Governo. Ou, em análise mais amena, encontram dificuldade ou resistências nos meandros de alguns círculos de poder.

Na disputa das siglas o tucano leva a melhor que os petistas(?). O deputado estadual bem mais efetivo que o deputado federal e a segunda suplente de senadora.

A não ser que tudo não passe de manchete!

A campanha avança

Bem mesmo a campanha de Tiago Feitosa – filho de Geraldo e Juçara – para vereador em Salvador, tanto que possível coordenador de sua campanha (Felipe Lima) vive a atroz dúvida entre candidatar-se a vereador em Itabuna ou apoiar o amigo Thiago na campanha soteropolitana. Tudo no mesmo Políticos…

Outras leituras I

Afirmaram o Pimenta na Muqueca e o Diário Bahia, na terça 10, ser Wenceslau “O nome do PCdoB para 2012”, expondo o que teria sido a decisão do partido depois de analisar a realidade imediata considerando a repercussão eleitoral do vereador nas eleições de 2010 como candidato a deputado estadual. Ou seja, mais cacife teria Wenceslau por essa circunstância.

Particularmente temos que o projeto do PCdoB para 2012 está voltado para ser consolidado em 2016 e tem em Davidson Magalhães o nome de expressão. Tanto que não cremos tanto no veiculado (por sinal, desmentido pelo próprio Wenceslau em entrevista a radiofônico local, como diz o Políticos do Sul da Bahia de quarta 11).

Mas, como onde há fumaça há fogo, já dizia Tormeza, não dispensaremos a oportunidade de analisar a “fumaça”.

Outras leituras II

Considerando a “carreira” partidária Davidson conta mais pontos que Wenceslau. Tanto que na partilha dos cargos disponibilizados ao PCdoB o primeiro ficou com a Bahiagás, uma cota nada desprezível.

Partindo da estrutura decisória dos cururus – fechados e disciplinados internamente (que o diga Luís Sena) – materializada no respeito a aspectos como a hierarquia e “tempo de serviço”, aliados à fidelidade na luta e levando em conta um projeto para 2016, o afastamento de Davidson de uma candidatura em 2012 somente estaria amparada na certeza de uma sua eleição para Assembleia Legislativa em 2014.

Essa possibilidade, concreta, estabeleceria a seguinte disciplina partidária: queima-se Wenceslau em 2012 – protelando seu projeto pessoal para a hora oportuna à luz do partido – e eleva-se Davidson à visibilidade obtida por aquele em 2010, elegendo-o ou lhe dando expressiva votação para consumar o projeto 2016.

Tudo bem pensado, disciplinadamente discutido. Para ser cumprido.

Outras leituras III

Outra consideração a ser levada em conta: afastar Davidson do projeto 2012 o desviaria do desgaste decorrente do abuso publicitário da Bahiagás em jornais de Itabuna, que teria repercutido e incomodado o Palácio de Ondina.

Muita sede ao pote (caneca buscando toda a água) pode ter alimentado a atual decisão. Inclusive para congelar explorações eleitorais.

O que pode ser “fogo amigo”.

Carlos Chagas

O conceituado jornalista, em matéria publicada no Tribuna da Imprensa on line de quarta 11 (Se Bin Laden estivesse no Brasil) traduz as mesmas conclusões, com outras palavras, deste articulista em “Riscos Concretos” e “Até nosotros”, neste DE RODAPÉS de 8 de maio.

Afinal, a euforia e interesses imediatos estão fazendo com que postulados clássicos do Direito Internacional e do conceito da autodeterminação dos povos sejam violados. E, lembra Chagas, citando Nietzsche, “verdadeira é a versão do mais forte”.

Como continua a acontecer na Líbia.

Sociedade apática I

divinaA demolição de parte do prédio que serviu ao Divina Providência – mormente da forma como aconteceu, na calada de um fim de semana – causou reações indignadas.

Aqui a analisamos (em edição anterior) sob o prisma da mobilidade urbana. Afinal, assim o entendemos, a Prefeitura autorizou a instalação de atividades comerciais concentradas (fala-se em pelo menos três empresas) em espaço urbano que ampliará a busca por estacionamento etc., onde não há qualquer perspectiva de oferta.

Quanto à justificada indignação ficará por aí mesmo. Aliás, tem sido a tônica nesta terra discutir temas entre lantejoulas e cristais sem nenhuma mobilização concreta.

Sociedade apática II

Nesse particular, nem mesmo entre lantejoulas e cristais temos acompanhado a verdadeira posição de muitas de nossas lideranças diante da iminente decisão que envolve a fixação ou não de novos limites entre Itabuna e Ilhéus.

A insensibilidade diante dos desgraçados todos que não dispõem de um carro para alcançar o Makro e o Atacadão – por enquanto – e necessitam de dois transportes coletivos para até eles chegar permite compreender porque Itabuna, vocacionada para um progresso consistente, sobrevive tão somente pela circunstância de ser um polo de convergência rodoviário, coisa pensada e elaborada na década de 30 do século passado.

Quando as lideranças discursavam menos e agiam mais.

Projeto para logo

O Prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, sancionou a lei de iniciativa da vereadora Teresa Bergher (PSDB), que imprescindível a ênfase na rede pública o ensino sobre o Holocausto.

Aqui reiteramos nossa proposta (“Holocausto”, DE RODAPÈS de 1º de maio): ver estendido, para todo o Brasil, o conceito de Holocausto aos povos africanos, ontem escravizados sob grilhões e ainda hoje em muito sob o cutelo da exploração colonial, travestida de capitalismo moderno. No caso, o ensino contaria com a imperiosa necessidade da declamação de “Navio Negreiro”, de Castro Alves, e exibição do filme “Amistad”, de Steven Spielberg.

E não custaria o mundo indenizar o africano como hoje indeniza o judeu vítima do nazismo. Questão de isonomia.

Aumento para o magistério

Ainda que criticado, aumento concedido para o magistério estadual, de 42,2.% escalonado em quatro anos (aí a crítica: apenas reporia a inflação no período). De imediato 13,8% no dia 1º de julho deste ano, o que eleva o piso do professor com jornada de 40 horas para 1.894 reais. Em 2012, o reajuste será de 10,2% sobre o salário acumulado. Em 2014 estará em 2.368 reais.

Desde 2010 a Gratificação por Atividade de Magistério vem sendo incorporada e será inteiramente incluída em 2012.

Em São Paulo… em São Paulo!

Outros tempos

A análise de http://agenorgasparetto.zip.net na sexta 6, “Osama Bin Laden e Barack Obama” – trilha pelo inusitado da propaganda reformista envolvendo culturas e momentos históricos, destacando a “busca” atual de ofertar a Democracia – a ferro e fogo – aos muitos povos árabes que vivem sob regimes não democráticos e assim conclui:

E se alguém olhasse para a história do Brasil e dissesse que D. Pedro II e seu longo reinado foi uma ditadura? Díriamos que os tempos eram outros, a cultura era outra, que não podemos julgar com olhos de hoje um governo do século XIX. Correto. Parece um absurdo. É claro que o contexto permite compreender. Mesmo assim, já nessa época se faziam eleições em muitos países do Ocidente. Do ponto de vista da legitimidade do poder, D. Pedro II não foi eleito e governou até ser deposto pelo golpe militar que implantou a república no país, em 1889. Voltando ao mundo árabe: como impor a esse mundo, de um momento para outro, um regime novo se a cultura e o tempo são também outros, se a organização social é praticamente tribal, com fortes ingredientes étnicos, com fortes sentimentos de ou eu ou ele? E se a organização social de alguns desses povos remonta a Idade Média ou mesmo antes? No mínimo, isso faz pensar.

No paralelo das considerações de Agenor Gasparetto, temos que o sociólogo não ofertou a razão maior que nos exige pensar: a vocação do imperialismo na época era outra, e não tínhamos a indústria consumidora de energia (petróleo, por excelência), tampouco a geopolítica estadunidense.

O porquê de outros tempos

E observa Gasparetto, aproveitando um raciocínio de Eneas de Souza (www.sul21.com.br) no artigo Obama e Osama: duas cabeças a prêmio,: “Eles se colocam como vítimas, como justiceiros. Os outros são vilões. E mais, eles podem intervir em qualquer parte do mundo. E podem fazer uma caçada de morte. Tudo em defesa da democracia… E podem se rejubilar com a morte de um cara — para não dizer de um homem!.

Inclusive torturar…

Por enquanto

chargeConsiderando a celeuma causada em torno da votação do novo Código Florestal, mais ampliada pela vontade de muitos – entre eles ONGs internacionais que só nos enxergam como ambiente de preservação para a biopirataria – ainda que não defendamos desmatamento puro e simples, mas vendo de perto a realidade dos pequenos agricultores, trazemos uma charge do Bessinha, chamando à discussão personagens simbólicos nunca lembrados.

Com um alerta: não agradará a quem integrou ao “calendário” do folclore brasileiro o “dia das bruxas” lá dos EEUU.

Greve das estaduais

O blogdogusmão publicou na quinta 11, artigo do Professor Ruy Medeiros, da UESB, desmistificando o “informe publicitário” feito circular pelo Governo do Estado.

Para quem desejar conhecer uma parte da realidade da universidade baiana acesse www.blogdogusmao.com.br e leia “O Governo do Estado e a Greve das Universidades – A Nota Paga do Governo”.

Wagner, o sonho da direita baiana no poder

Com a sua práxis, realçada fisionomicamente com a retirada da barba custeada por uma multinacional para financiar projetos educacionais através da Fundação Airton Senna – promessa em deslumbrado encontro com a nata empresarial do Brasil sob iniciativa de João Dórea Jr. – aquele do “Cansei!”, a campanha contra Lula – o Governador Jacques Wagner está realizando o passado que imaginávamos superado.

Regozijo para a oposição.

A campanha começou

brucutuConsiderando as ações de seu Governo para as Universidades baianas podemos dizer que Jacques Wagner começou campanha para 2014 com o corte dos salários nas estaduais. O professor não esquecerá! 

Na junção de atos a até hoje não explicada agressão de membros da Polícia Militar no Assentamento Dom Hélder Câmara, em Ilhéus, que contribuiu para o teatro do absurdo com cenas de tortura, abuso de autoridade, violência contra a mulher e intolerância religiosa.

Coisa de brucutu!

Contrapontos

Como nossa homenagem ao 13 de maio, essa data que aguarda confirmação, “Zelão” (1964), de Sérgio Ricardo – na interpretação de seu criador – e “Ladrão de Terra” (1965), de Moacyr dos Santos e Teddy Vieira – nas vozes de Jacó e Jacozinho. Nosso contraponto entre o samba e a moda de viola, transitando pela realidade urbano-campesina em leituras distintas.

Cantinho do ABC da Noite

cabocoTodos sabem: no ABC Cabôco Alencar não serve a quem esteja “mais prá lá”. Alguém esqueceu, certamente amparado na amnésia alcoólica. Fala pastosa e embolada, mais para papagaio aprendendo a falar, o freguês denota, ao pedir uma batida, já haver ultrapassado a conduta exigida pela casa. Cabôco não se limita a não servi-lo e aproveita para uma fisgada:

– É o que dá ter comércio na encruzilhada – alusão ao cruzamento do Beco do Fuxico com a Ruy Barbosa. Toda hora chega um despacho!

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Adylson Machado é escritor, professor e advogado, autor de “Amendoeiras de outono” e ” O ABC do Cabôco”, editados pela Via Litterarum