Sem o chapão pretendido pelo Partido da República e acusando certa embromação do governador Jaques Wagner, o senador César Borges já se definiu politicamente: vai integrar a chapa de Geddel Vieira Lima (PMDB), com quem conseguiu um acordo em bases mais favoráveis aos republicanos.
Na verdade, Borges nunca deixou de falar com o PMDB, embora o partido houvesse anunciado sua chapa com grande antecedência em relação aos demais partidos que terão candidatos nas eleições majoritárias desse ano. Apesar do discurso pragmático, de que as vantagens com o PMDB são maiores, o acordo é a concretização das afinidades ideológicas existentes entre os dois líderes – Geddel e Borges -, ambos anti-PT em um momento ou em outro de suas histórias.
O PT volta a ter uma vaga em sua chapa, que poderia ser preenchida pelo ex-secretário do Planejamento Walter Pinheiro. Seria lógico que ganhasse força o nome de Waldir Pires, mas, diante das circunstâncias, é provável que o governador continue a vetar o nome do bom velhinho.
Como desgraça pouca é bobagem, Wagner ainda pode perder os votos do PR na Assembleia Legislativa. E o PR se coloca em uma posição interessante, como o PMDB: apoia Dilma, no plano nacional, onde tem todo o prestígio com a cúpula do governo, e no plano local, parte para a pancada no PT e no governador.
Poderia ser melhor, para quem já tem um discurso à base de água e de óleo na ponta da língua?
Com informações do Bahia Notícias.