Insuficiência respiratória; congestão pulmonar; tromboembolismo pulmonar. Essas foram as prováveis causas da morte do médico obstetra Luiz Carlos Leite de Souza, de 80 anos, ocorrida no fim da manhã desta quarta-feira (21). O documento de Declaração de Óbito foi assinado pelo médico perito legal José Carlos Fonseca Neto. Assim, foram afastadas as causas e meios sugeridas por parte da imprensa, de suicídio e até de infarto.
Logo após o médico ser encontrado sem vida em sua casa, diversos veículos da imprensa local indicaram que ele teria tirado a própria vida – alguns, em outra linha, especularam infarto, já que a cena encontrada por familiares e policiais não indicava a possibilidade de suicídio.
“Embora não apague o senso de perda e de tragédia, é de certa forma reconfortante saber que meu amigo não tirou a própria vida, nem morreu em decorrência das aflições que estava enfrentando”, declarou um amigo do médico, que pede anonimato.
Esse amigo se refere ao processo judicial que Luiz Leite estava enfrentando, por ter sido acusado e condenado, em primeira instância, por injúria racial contra uma enfermeira da Sesab, no início do ano.
Pessoas que tiveram contato recente com o obstetra afirmam que, embora se queixasse da vergonha de ter sido preso, ele não falava em suicídio – pelo contrário, fazia planos buscava retomar a rotina da vida.