Concluir uma etapa na jornada da educação formal pode significar um futuro com mais oportunidades e a redução da pena, para os reeducandos do Conjunto Penal de Itabuna. Com essa meta em mente, centenas deles se inscreveram para o desafio de concluir o Ensino Fundamental e o Médio, por meio da prova do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) para a população privada de liberdade (PPL). A primeira etapa ocorreu nesta terça-feira (29), para certificação do Ensino Fundamental, e nesta quarta-feira (30) será a vez do Ensino Médio.

Ao todo, 224 reeducandos estavam habilitados para a prova desta terça-feira. Compareceram 194, “um número excelente”, declara o coordenador Pedagógico do CPI, Saulo Andrade. Ele atribui o sucesso no ENCCEJA e demais provas nacionais ao esforço de toda equipe do Conjunto Penal de Itabuna, especialmente porque todos trabalham na perspectiva da ressocialização do indivíduo.

“A empresa cogestora Socializa, em atendimento à política adotada pela Direção da Unidade, voltada especialmente para a ressocialização dos apenados, empreende todos esforços para que o sucesso aconteça. Mas o sucesso é coletivo, porque depende da participação dos reeducandos, e eles tem comparecido”, define.

BAHIA

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) também comemora o sucesso no número de inscritos na Bahia – 4.407 inscritos em 2024; em 2023 foram 3.344 inscrições; e 2.652 custodiados se inscreveram em 2022.

O secretário José Castro comenta o crescimento na participação dos reeducandos. “Entre 2022 e 2024 tivemos um aumento de 39,8% no número de inscrições”, afirma.

Castro lembra que o Conjunto Penal de Itabuna foi a unidade com maior número de inscrições para o exame, com 423 internos inscritos. Em segundo lugar, o Conjunto Penal de Feira de Santana, o maior do estado, com 401 inscrições; a Penitenciária Lemos Brito foi a terceira com 371.

“O recorde é resultado do trabalho de incentivo e conscientização dos custodiados, a respeito da importância da inclusão educacional, como preparo para a reintegração social de forma mais estruturada”, finaliza o secretário José Castro.