Do Pimenta na Muqueca
Um esquema de corrupção que envolvia pagamento de propina e fraude em licitações foi descoberto no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), segundo confirmou ao Pimenta o presidente da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi), Antônio Costa. A fundação é mantenedora do hospital público municipal.
Quatro funcionários foram afastados, preventivamente, por 30 dias e uma comissão externa vai apurar o tamanho do rombo provocado pelo que aparenta ser uma quadrilha.
De acordo com o presidente da Fasi, o esquema pode ter a participação do gestor do hospital, do presidente da Comissão de Licitação do Hblem, do fiscal de contratos e do encarregado do almoxarifado.
Costa preferiu não declinar os nomes dos envolvidos, mas pessoalmente vê como improvável o envolvimento do encarregado do almoxarifado. As investigações iniciais complicaram a situação do gestor Marcelo Andrade, afastado do cargo na última sexta, dia 6.
Para Costa, só a sindicância irá determinar o envolvimento de cada um e o tamanho do rombo provocado pelo esquema. Ele afirma que funcionários se associaram para fraudar licitações do hospital. Em alguns casos, o superfaturamento nas compras chegava a ser de até 200%.
A diferença entre o valor real de um produto e quanto o hospital pagava ao fornecedor era dividida entre os envolvidos no esquema de corrupção. "Os preços eram forjados", constata.
O presidente da fundação disse ter pensado inicialmente em criar uma comissão de sindicância interna para apurar as irregularidades, mas depois optou por uma comissão formada por servidores públicos que não atuam no Hblem. "Terá mais liberdade para agir".
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