Nesta terça-feira (26 de julho), o Tribunal do Júri de Itabuna leva a julgamento o réu Rogério Gomes, acusado de tentar matar a esposa, Ingrid Katiuschia, em 2012. A sessão de julgamento está prevista para começar às 8h30, e acontecerá no salão do novo fórum da cidade. A promotora que fará a acusação é a doutora Larissa Avelar. Atuarão como assistentes de acusação, as advogadas Jurema Cintra Barreto e Lara Kauark.
Em 1995, Ingrid Katiuschia e Rogério Gomes eram adolescentes com apenas 15 anos de idade quando se casaram. Em 2012, já com 17 anos de convivência marital, no dia 22 de setembro, Rogério atropelou a esposa de forma tão brutal que Ingrid ficou na UTI por mais de 60 dias em estado gravíssimo. O fato ficou conhecido como o atropelamento do Jardim do Ó.
Ingrid foi escalpelada, perdeu massa cefálica, teve esmagamento dos órgãos internos, quebrou a bacia em dezenas de partes e recebeu muitas bolsas de sangue. Infelizmente, o Hospital de Base de Itabuna perdeu seu prontuário. Hoje, ela é uma pessoa inválida e com deficiência permanente constatada pelo INSS.
A advogada Jurema Cintra ressalta que o Brasil vem passando por uma onda terrível de violência contra as mulheres, e este caso é emblemático. “Maridos não podem atropelar suas mulheres, deixar elas inválidas e ficar impunes. Assim foi o caso de Maria da Penha que está numa cadeira de rodas por conta da violência que sofreu. Esta história não pode se repetir em nossa cidade. Mulheres advogadas estão empenhadas nesta condenação. Fazemos um apelo para as mulheres, as estudantes, as donas de casa de Itabuna irem ao fórum para acompanhar o caso. Quem puder estar presente, estamos recomendando que e use roupa branca, para simbolizar um clamor por paz nos lares e homens conscientes, é o que mais defendemos”, afirma a advogada.