As exportações baianas somaram US$ 1,1 bilhão no mês passado, com alta de 15% sobre o mesmo mês de 2021. Já as importações alcançaram US$ 749,4 milhões e tiveram a primeira queda no ano, de 5,3%, sobre outubro do ano passado.
No acumulado de 2022, as exportações baianas somaram US$ 11,7 bilhões, alta de 41,3% no comparativo interanual, o que já supera em outubro o recorde anual obtido em 2011, que foi de US$ 10,94 bilhões. Já as importações ficaram em US$ 9,75 bilhões, também recorde histórico, com aumento de 58,9% sobre o mesmo período de 2021. O recorde anual anterior das importações foi obtido em 2014 quando chegaram a US$ 9,29 bilhões.
Com esses resultados, nos primeiros dez meses do ano, a balança comercial do estado acumulou saldo positivo de US$ 1,95 bilhão, com redução de 8,9%, enquanto que a corrente de comércio também estabeleceu novo recorde de US$ 21,45 bilhões e crescimento de 48,8%, todos em relação a igual período do ano passado. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
A dinâmica das exportações no mês foi explicada por uma alta de 8,4% no volume exportado (quantum) enquanto a média dos preços dos produtos subiram menos: 6%, já reflexo da desaceleração do comércio e da economia global.
No recorte por atividade econômica, houve avanço nas exportações de agropecuária (+28,2%) e da indústria de transformação (+18,6%). A indústria extrativa, por sua vez, recuou 38% no valor exportado, mais uma vez devido à queda de preços do minério de ferro no mercado internacional.
No mês, a queda no valor das importações foi motivada por uma redução de 46,2% nas compras de produtos intermediários – que responderam por 51,3% do total das compras externas do estado no mês e de 23% no volume comprado. Os preços médios das importações em outubro permaneceram acima em 23% aos praticados no mesmo mês de 2021.
As exportações baianas para China, principal destino dos produtos baianos, subiram 19,2% em outubro, em relação ao mesmo mês no ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia escalaram 14,7%.
As exportações para a China cresceram menos que nos últimos dois meses, puxados pelas vendas de soja, celulose, algodão e químicos. Essa redução pode estar vinculada a uma redução na demanda chinesa já que o país vinha realizando uma série de lockdowns nos últimos meses, especialmente em outubro.