A Funai afirma que a denúncia de que criança indígena da etnia awá-guajá foi queimada por madeireiros no Maranhão é infundada e que as histórias sobre o suposto crime não passam de boatos. A fundação também chamou a divulgação do caso de “ato inescrupuloso” e “irresponsável”.

A conclusão foi divulgada num relatório elaborado pela Funai, que deslocou no último fim de semana três servidores para a terra indígena Arariboia, no município de Arame (350 km de São Luís), local onde teria ocorrido o crime.

Segundo a Funai, a equipe conversou com o índio guajajara Luís Carlos Tenetehara, da aldeia Patizal, citado em textos divulgados na internet como o autor da descoberta do suposto corpo da criança indígena carbonizada.

De acordo com a Funai, o índio disse que a história não é verdadeira e que os índios awá-guajá, que vivem isolados, não deixaram de ser vistos pelos guajajaras, com quem dividem a mesma terra, após o suposto ataque por madeireiros.

A Funai também afirmou ainda que seus servidores, enquanto circulavam pela terra indígena, flagraram caminhão conduzido por não índio. Segundo os servidores, o motorista, que levava um indígena guajajara de carona, contou que tinha autorização dele para retirar madeira da terra indígena. Uma motosserra foi apreendida.