O Porto de Ilhéus, conhecido como Porto do Malhado movimentava, alguns anos atrás, 1 milhão de toneladas de cargas por ano. Hoje, movimenta apenas 200 mil toneladas. Isto se deve à falta de manutenção do canal de acesso, cais de atracação, sucateamento dos equipamentos e desleixo com as instalações. Este foi o assunto tratado pelo deputado federal Geraldo Simões, durante reunião em Brasília, com o Secretário Executivo da Secretária de Portos, Mário Lima Júnior.
A profundidade do canal de navegação do Porto de Ilhéus, que hoje se encontra assoreado, tinha em torno de 10 metros e 30 centímetros e agora está reduzida a aproximadamente 9 metros e 20 centímetros. De acordo com Simões, “no estado atual, a atracação de navios de carga fica comprometida e os grandes navios que realizam cruzeiros turísticos temem utilizar o porto devido ao perigo representado pelo baixo calado. Na semana passada empresas exportadoras começaram a suspender o embarque de soja”.
Para o deputado “a situação do porto é grave e já traz grandes prejuízos para as empresas portuárias e usuárias, para o estado e também para o conjunto da economia regional”. Ele entende que a Companhia das Docas do Estado da Bahia necessita tomar providências imediatas para reverter esta situação, restabelecendo o calado para 10 metros de profundidade e recuperar os equipamentos e as instalações”.
Em seguida, é necessário providenciar a dragagem para obter um calado de 14 metros, providenciar o aterro com o material retirado do mar e duplicar a área de manobra de cargas, dos atuais 100 mil metros para 200 mil metros quadrados. Estas medidas, juntamente com um plano de modernização portuária, colocarão o porto do Malhado em condições de atender uma demanda potencial de 5 milhões de toneladas de carga, preparando-o para ser um fator adicional no desenvolvimento da região.
O Secretário Executivo, que se comprometeu a realizar uma visita de inspeção a Ilhéus para conhecer os problemas e adotar as providências necessárias.