O deputado federal reeleito, Geraldo Simões (PT), voltou a criticar a gestão do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, administrado pela Prefeitura de Itabuna. Foi no programa Fórum de Debates, da TVI/Rádio Nacional, na manhã do último sábado, comandado pelo jornalista Ederivaldo Benedito, com participação de outros três debatedores: o advogado Alah Góes, o professor Guilherme Santos (PV) e o também advogado Rui Correa (PMDB).
O deputado reafirmou a opinião de que o HBLEM estaria em melhor situação se fosse administrado pelo Estado, até porque o único dinheiro que está sendo gasto por lá é o que é repassado pela Sesab. Mas foi em relação à mortalidade dos atendidos naquela unidade de saúde que Geraldo pegou realmente pesado:
“O que acontece ali são homicídios. 14% dos atendimentos resultam em morte do paciente. Um militar me disse que um hospital de campanha na guerra tem mortalidade de 2%”.
A expressão “homicídios” foi justificada devido ao descaso, falta de materiais básicos para o atendimento, de coordenação, além da enorme quantidade de gente que nada entende de saúde e tem cargos-chave na administração do hopsital. “Aquilo é um cabide de empregos”.
Perguntado se haveria vontade do estado, de assumir o HBLEM, respondeu que a proposta foi feita pelo secretário estadual da Saúde, Jorge Solla. “Olhe que eu não sou a favor de estado gerindo a saúde. Acho que esse trabalho é do município. Mas o caso aqui é muito grave. E não é apenas por falta de recursos [que o município não complementa]: o problema é de gestão”.
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