Mas há também o lado político da história. Gilson está desprestigiado no governo do amigo Capitão Azevedo. Acumulou desafetos na prefeitura, notadamente o secretário Carlos Burgos e a secretária particular do prefeito, Joelma Reis. Mas desempenhou sua função com méritos e é querido pelo funcionalismo.
Perguntado recentemente por esse blogueiro se voltaria a assumir a secretaria, após o prazo legal para nova licença na PM, Gilson foi enfático: “sou policial. Eu era feliz e não sabia”. Traduzindo: é hora de Azevedo pensar em novo nome para a pasta.
De saída, Gilson deixa a marca de seu poder de articulação, que resultou na eleição de Ruy Machado para a Mesa da Câmara, driblando a estrategista de Azevedo, Joelma, que queria o líder do governo na Câmara, Milton Gramacho. Se Ruy vai tomar posse, já não é com ele, uma vez que em janeiro estará integrando outras forças, as da Operação Verão da PM.
Desse blog, um conselho ao prefeito: aproveite a deixa e faça logo uma reforma completa. Essa é a chance de retomar o comando do Executivo, para não passar à história como o prefeito que assumiu, ficou no cargo, mas não governou Itabuna em seu primeiro centenário.