O Governo do Estado investe cerca de R$ 40 milhões por ano em bolsas na área de pesquisa e inovação. Neste mês, um novo programa deve integrar todos os investimentos para os próximos quatro anos. O CT&I Integra Bahia será lançado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb).
Inicialmente, a previsão é de que a iniciativa tenha um orçamento de mais de R$ 816 milhões. Deste total, R$ 600 milhões serão aplicados via Fapesb. O programa inclui compromissos e metas do Plano Plurianual da Secti. Entre as ações do CT&I Integra Bahia estão a implantação de internet nas escolas e a instalação da maior rede pública de coworkings do Brasil.
A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Pinheiro, destaca que o programa irá favorecer o desenvolvimento científico e tecnológico no estado. “Além de investimento financeiro com recursos do tesouro estadual e de outras formas de captação, iremos promover o desenvolvimento de espaços dinamizadores de ciência e tecnologia. Ao fim de 2020, teremos um Espaço Colaborar, que se constitui em coworking, em cada um dos Territórios de Identidade do Estado”.
Adélia acrescenta que o Colaborar “será um espaço para integrar aqueles que produzem conhecimento e tecnologia àqueles que realizam o consumo, seja através da sociedade ou dos setores produtivos”.
Segundo o diretor de inovação da Fapesb, Handerson Leite, em 2020, a fundação deve contemplar mais de 2 mil bolsistas nas 23 instituições de ensino superior e centros de pesquisa da Bahia que são atendidos pela instituição. “A concessão das bolsas é muito importante para melhorar a qualificação dos nossos profissionais e a sua competitividade no mercado de trabalho. Os indicadores comprovam um avanço da Bahia no campo da pesquisa. A gente começou apoiando cerca de 2% dos formandos na área pós-graduação e hoje já estamos em 4%”, explica.
Ainda de acordo com Handerson, a publicação de artigos de pesquisadores baianos em revistas internacionais girava em torno de 2% e agora já alcança 4%. Entre 2015 e 2019, a Fapesb concedeu em torno de 11 mil bolsas, representando um investimento de R$ 210 milhões.