O Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, oferece um serviço hospitalar direcionado para urgência e emergência, de média e alta complexidade, para a o interior da Bahia. A unidade não é um centro especializado para terapia de substituição renal, porém pacientes internados com quadro crítico, que evoluam para Injúria Renal Aguda (IRA), contam com o suporte adequado para o procedimento de hemodiálise na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O paciente com doença renal crônica, que esteja internado no hospital, também é submetido a terapia substitutiva, durante sua permanência na unidade. Esse portador crônico de insuficiência renal, após a sua alta hospitalar é direcionado para continuar seu tratamento de hemodiálise em centro especializado, fundamental para manter a vida da pessoa que perdeu sua função renal.
De acordo com a médica Maria Carolina Reis, nefrologista do HRCC, geralmente os pacientes que apresentam insuficiência renal aguda são: críticos em UTI, com Sepse (agravo por infecção), instabilidade hemodinâmica, pós-operatório complicado. “Aqui dispomos de todo o suporte operacional, equipamentos e a qualidade dos profissionais de assistência para esse procedimento. Equipe médica com nefrologistas, médicos intensivistas, equipe de enfermagem da UTI, 3 máquinas com osmose reversa”, explicou.
A médica nefrologista disse que, caso o paciente agudo não evolua com a recuperação de função renal breve, ainda precisando de terapia renal de substituição, e já com condições clinicas de alta hospitalar, assim como pessoas com a doença renal crônica preexistente, com início de hemodiálise no HRCC, deverão ser encaminhados para uma unidade satélite. “Para essa solicitação, deve-se obedecer ao protocolo pré-estabelecido pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), com solicitação de sorologias para vírus da hepatite C, HIV, HTLV, além de anti-HBS (hepatite B) conforme portaria. Solicitação de ultrassonografia do aparelho urinário e glicemia”, esclareceu.
Maria Carolina Reis complementou que após resultados, o médico nefrologista deverá solicitar a vaga ambulatorial, através de relatório que será encaminhado para a regulação do Estado. “Apenas após a liberação da vaga, o paciente receberá alta hospitalar. No caso de pacientes com doença renal crônica já em hemodiálise, admitidos por outras causas, assim que em condições clínicas, deverá manter a terapia renal substitutiva na unidade de assistência habitual”, concluiu.