"Não me apareça com sangue nesse pronto-socorro!". Parece contraditório, mas essa é a realidade do pronto-socorro do Hospital São Lucas: ali, é proibido atender a alguém ferido, porque não se fazem cirurgias, nem pequenas nem grandes.O resultado disso é a superlotação no PS do Hospital de Base e a consequente piora no atendimento emergencial naquela unidade.
Pacientes, acompanhantes e até taxistas reclamam da falta de atendimentos minimamente complexos no PS do São Lucas. Os pacientes e parentes, pelos motivos óbvios. Os taxistas reclamam de prejuízos no seu negócio. "Aqui, o paciente chega andando e sai andando. O hospital não faz cirurgias nem atende ortopedia, que é o que ajuda o táxi", reclamou um profissional ao Trombone.
Quem também reclama – embora não tenham falado em público – são gestores do Hospital de Base. Pelo menos foi o que deixou transparecer o repórter João Ailton, o Bicudo, em uma entrada ao vivo, de lá, no programa Patrulha Geral. Ele comentou o fato, mas não citou fontes oficiais.
Do jeito que vai, o HSL acabará como um posto de saúde. De luxo, mas um posto de saúde.