À Polícia Rodoviária Estadual, a empresária Marizilda Antônia Coelho Garros Elias, moradora do condomínio Jardim Atlântico, em Ilhéus, contou que tudo não passou de uma infelicidade, depois de uma manobra imprudente de um caminhão – sempre eles – que tentou ultrapassar um outro veículo na curva, próximo à entrada do Salobrinho, no quilômetro 16 da BR 415.
Imprudência do caminhão, se ele realmente existiu. Marizilda tentou se livrar do caminhão, rodou na pista com seu jipe Troller, e colheu a lateral de um GM Celta, que era dirigido pelo bancário Mateus Souza Galdino, de 24 anos, morador do bairro de Fátima, em Itabuna.
Mateus recebeu uma pancada no tórax e ficou bastante machucado, mas aparentemente não corria maiores riscos, apesar de ter ficado internado em observação médica e ter sido submetido a exames na tarde dessa quinta-feira, no Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna, para onde foi levado pelo Samu 192.
A dúvida sobre a existência do tal caminhão é levantada, ainda que involuntariamente, pelos policiais que informam os dados da ocorrência. "Ela diz que…" foi a introdução preferida pelos militares para descrever o que ocorreu, reproduzindo o que lhes contou a empresária. O caso foi registrado na Polícia Civil, em Ilhéus.
O acidente ocorreu no fim da manhã de hoje. Mas, independente das circunstâncias, o que chama a atenção é que por pouco não ocorre outra tragédia no mesmo trecho da que chocou a região na sexta-feira passada, em que três pessoas de uma família perderam a vida (relembre).
Seria mais um bom motivo para as autoridades pensarem com mais carinho no cumprimento da promessa de duplicação, feita há poucos meses, mas que se mostra mais necessária à medida em que as vidas vão sendo devoradas pela rodovia, que merece continuar com o título de ‘a mais bela da Bahia’. Por enquanto, nesses dias, a bruxa está solta na 415.
A foto é de Luiz Fernandes/Pimenta