Itabuna vai ser contemplada com uma Casa da Mulher Brasileira, que acolherá vítimas de violência no Litoral Sul, especialmente na região sul. Nesta quinta-feira (13), será assinado, em Salvador, um termo de autorização para construção da casa de acolhimento, que é um projeto criado na gestão da ex-presidenta Dilma Roussef e que foi retomado pelo presidente Lula.
O evento para assinatura do termo de adesão com o governo federal contará com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e da Ministra da Mulher, Cida Gonçalves. Essa ação faz parte dos anúncios do Presidente Lula por ocasião do 8 de março: 40 novas Casas da Mulher Brasileira.
A criação do espaço em Itabuna é um assunto que já vinha sendo tratado pelo ex-deputado Geraldo Simões, diante do aumento assustador do número de mulheres vítimas de violência na região. O caso mais recente é o da cabeleireira Luana Brito, assassinada com seis tiros no final do mês passado. O suspeito do crime, investigado como feminicídio, é o marido dela, Lucas Cruz, que continua foragido.
“Nosso território Litoral Sul amarga índices assustadores de violência contra as mulheres e mortes por feminicídio. Não podemos permitir que as mulheres continuem morrendo e sendo agredidas”, disse Geraldo.
Segundo Geraldo, toda sociedade regional e governos municipais, estadual e governo federal têm responsabilidades para que ocorra uma mudança nessa realidade. “Todas as mulheres em sua diversidade e pluralidade devem ser respeitadas, acolhidas em suas vulnerabilidades e os agressores, exemplarmente punidos pela justiça”, ressaltou Simões.
Geraldo explicou, ainda, que a Casa da Mulher Brasileira é um importante equipamento público que reúne e integra serviços especializados em um mesmo local, como acolhimento e triagem e apoio psicossocial. Além disso, o espaço terá suporte do Ministério Público, DEAM e Defensoria Pública.
As mulheres acolhidas pelo projeto também serão beneficiadas por serviços de promoção da autonomia econômica. Os filhos delas, por sua vez, também serão amparados, com brinquedoteca e arte educadores, casa de passagem e central de transportes.
Dados revelam que entre 2017 e 2022, o número de feminicídios aumentou em 37%, refletindo uma triste realidade que exige uma ação enérgica por parte das autoridades e da sociedade como um todo.